Rio de Janeiro, 16 de Junho de 2025

Cientistas do Japão criam máscara que brilha após contato com covid-19

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Quinta, 09 de Dezembro de 2021 às 08:31, por: CdB

Para a criação da máscara de proteção, a equipe dos cientistas liderada por Yasuhiro Tsukamoto utilizou anticorpos extraídos de ovos de avestruz, segundo a Kyodo. As avestruzes são capazes de produzir vários tipos de anticorpos ou proteínas neutralizantes de corpos estranhos no organismo.

Por Redação, com Sputnik e Reuters - de Tóquio/Washington

Especialistas da Universidade Provincial de Kyoto, no Japão, desenvolveram máscaras que se iluminam à luz ultravioleta quando a pessoa está infetada com o coronavírus, informa a agência Kyodo.

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Cientistas do Japão criam máscara que brilha após contato com coronavírus

Para a criação da máscara de proteção, a equipe dos cientistas liderada por Yasuhiro Tsukamoto utilizou anticorpos extraídos de ovos de avestruz, segundo a Kyodo. As avestruzes são capazes de produzir vários tipos de anticorpos ou proteínas neutralizantes de corpos estranhos no organismo.

Em fevereiro do ano passado, o grupo introduziu partículas do SARS-CoV-2 inativadas em aves-fêmeas, e depois extraiu com sucesso grande quantidade de anticorpos dos seus ovos.

Na base dessa matéria, os cientistas criaram um filtro protetor pulverizado com um corante fluorescente que contém os anticorpos do coronavírus dos ovos de avestruzes. Caso haja um contato com partículas do vírus, a superfície da máscara vai se iluminar sob a luz ultravioleta.

Os especialistas japoneses realizaram experimentos durante 10 dias com 32 participantes infectados pela covid-19. Eles verificaram que todas as máscaras dos participantes brilhavam sob a luz ultravioleta, que se desvanecia com o tempo quando a carga viral diminuía.

Eficácia da máscara

Depois, o número dos participantes foi ampliado para 150 pessoas. O experimento mais uma vez confirmou a eficácia da máscara. O reitor da universidade descobriu que ele próprio era positivo para a covid-19 depois de usar uma das máscaras experimentais e de ela começar a brilhar.

– Podemos produzir em massa anticorpos de avestruzes a baixo custo. No futuro, eu quero fazer isso em um kit de teste fácil que qualquer um pode usar – contou o pesquisador.

Coquetel de anticorpos da AstraZeneca

A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) autorizou, nesta quarta-feira, o uso do coquetel de anticorpos da AstraZeneca para prevenir infecções por covid-19 em indivíduos com sistema imunológico fraco ou histórico de efeitos colaterais graves de vacinas contra o coronavírus. O coquetel de anticorpos, chamado Evusheld, está autorizado apenas para adultos e adolescentes que não estão infectados com o novo coronavírus e não foram recentemente expostos a um indivíduo infectado, disse o órgão regulador. A autorização do tratamento, composto por dois anticorpos monoclonais (tixagevimabe e cilgavimabe), marca um passo significativo para a AstraZeneca, cuja amplamente utilizada vacina contra covid-19 ainda não foi aprovada pelas autoridades norte-americanas. No mês passado, a AstraZeneca fechou acordo para fornecer ao governo dos EUA 700 mil doses do Evusheld, que já havia mostrado reduzir o risco de pessoas desenvolverem quaisquer sintomas de covid-19 em 77% em um teste de estágio final.

Anticorpos

Enquanto as vacinas dependem de um sistema imunológico intacto para desenvolver anticorpos direcionados e células que combatem a infecção, o Evusheld contém anticorpos feitos em laboratório projetados para permanecer no corpo por meses para conter o vírus em caso de infecção. O tratamento da AstraZeneca, administrado em duas injeções sequenciais, foi projetado para durar de vários meses a um ano. Embora as vacinas atualmente forneçam a melhor defesa contra covid-19, certos indivíduos imunocomprometidos ou aqueles que têm um histórico de reações adversas graves a uma vacina precisam de uma opção de prevenção alternativa, disse Patrizia Cavazzoni, diretora do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA.
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