Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Cientistas estudam movimento de estrelas em hipervelocidade

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Domingo, 12 de Março de 2023 às 11:35, por: CdB

Pesquisas anteriores sugerem que cerca de 10 mil destes chamados "demônios da velocidade", que conseguem atravessar livremente a nossa galáxia, originaram-se na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã a 160 mil anos-luz da Terra.


Por Redação, com Sputniknews - de Berlim

Astrônomos da Alemanha e dos Países Baixos revelaram que o estudo do movimento das estrelas de hipervelocidade, que são objetos celestes que viajam a velocidades tão altas que conseguem escapar da gravidade da Via Láctea, pode contribuir para a compreensão da formação e evolução do nosso Universo, informa a Universidade de Leiden.

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Estrelas de movimentação rápida teriam sido ejetadas após um encontro gravitacional de uma estrela binária com um buraco negro


Pesquisas anteriores sugerem que cerca de 10 mil destes chamados "demônios da velocidade", que conseguem atravessar livremente a nossa galáxia, originaram-se na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã a 160 mil anos-luz da Terra.

Uma certa quantidade destas estrelas de hipervelocidade conseguiu fugir do seu local original quando a explosão de uma estrela em um sistema binário fez com que outra voasse com uma velocidade tão alta que foi capaz de escapar da gravidade da Grande Nuvem de Magalhães e ser absorvida pela Via Láctea.

Fugitivas


Além disso, em um recente estudo publicado no portal arXiv cientistas dizem que existe a possibilidade de algumas destas estrelas de movimentação rápida terem sido ejetadas após um encontro gravitacional de uma estrela binária com um buraco negro massivo no centro da Via Láctea – o Sagittarius A*.

Em 2019, os astrônomos descobriram uma estrela de hipervelocidade, a S5-HVS1, que viaja a 1.775 quilômetros por segundo. Desde então dezenas dessas estrelas têm sido encontradas. Mais provavelmente há cerca de mil desses astros dentro de nossa galáxia.

— Algumas estrelas de hipervelocidade voam em partes mais visíveis do Espaço e podem nos contar mais sobre os locais de onde elas vêm. Por exemplo, sobre a gravidade dos buracos negros ou a quantidade de energia que uma supernova produz — resumiu o cientista Fraser Evans, acrescentando que estas estrelas fugitivas "têm uma história a contar sobre processos no Universo sobre os quais sabemos pouco e ainda temos muito para descobrir”.

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