Pesquisas anteriores sugerem que cerca de 10 mil destes chamados "demônios da velocidade", que conseguem atravessar livremente a nossa galáxia, originaram-se na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã a 160 mil anos-luz da Terra.
Por Redação, com Sputniknews - de Berlim
Astrônomos da Alemanha e dos Países Baixos revelaram que o estudo do movimento das estrelas de hipervelocidade, que são objetos celestes que viajam a velocidades tão altas que conseguem escapar da gravidade da Via Láctea, pode contribuir para a compreensão da formação e evolução do nosso Universo, informa a Universidade de Leiden.

Pesquisas anteriores sugerem que cerca de 10 mil destes chamados "demônios da velocidade", que conseguem atravessar livremente a nossa galáxia, originaram-se na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã a 160 mil anos-luz da Terra.
Uma certa quantidade destas estrelas de hipervelocidade conseguiu fugir do seu local original quando a explosão de uma estrela em um sistema binário fez com que outra voasse com uma velocidade tão alta que foi capaz de escapar da gravidade da Grande Nuvem de Magalhães e ser absorvida pela Via Láctea.
Fugitivas
Além disso, em um recente estudo publicado no portal arXiv cientistas dizem que existe a possibilidade de algumas destas estrelas de movimentação rápida terem sido ejetadas após um encontro gravitacional de uma estrela binária com um buraco negro massivo no centro da Via Láctea – o Sagittarius A*.
Em 2019, os astrônomos descobriram uma estrela de hipervelocidade, a S5-HVS1, que viaja a 1.775 quilômetros por segundo. Desde então dezenas dessas estrelas têm sido encontradas. Mais provavelmente há cerca de mil desses astros dentro de nossa galáxia.
— Algumas estrelas de hipervelocidade voam em partes mais visíveis do Espaço e podem nos contar mais sobre os locais de onde elas vêm. Por exemplo, sobre a gravidade dos buracos negros ou a quantidade de energia que uma supernova produz — resumiu o cientista Fraser Evans, acrescentando que estas estrelas fugitivas "têm uma história a contar sobre processos no Universo sobre os quais sabemos pouco e ainda temos muito para descobrir”.