Segundo o militar, em 2022, Michelle e ’03′, junto com parlamentares e ministros bolsonaristas, “conversavam constantemente com o ex-presidente, instigando-o para dar um golpe de Estado”.
11h48 – de Brasília
Com a queda do sigilo sobre a delação premiada do ex-ajudante de ordens do então mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid revelou que a mulher, Michelle, e os filhos do ex-presidente exerciam pressão para que houvesse um golpe de Estado, no país. Cid revelou que a ex-primeira-dama e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), conhecido como filho ’03’, integravam a ala mais radical e incentivavam a intentona golpista, enquanto Flávio Bolsonaro (PL) se posicionava contra a ruptura institucional.

Segundo o militar, em 2022, Michelle e ’03′, junto com parlamentares e ministros bolsonaristas, “conversavam constantemente com o ex-presidente, instigando-o para dar um golpe de Estado”. O grupo acreditava que o ex-presidente tinha apoio popular e dos atiradores esportivos, os CACs, para executar o plano.
Declarações
Na época, a defesa de Michelle e Jair Bolsonaro classificou as acusações como “absurdas” e negou a existência de provas que sustentassem as declarações. Ainda sobre a ex-primeira-dama, Cid afirmou que a ajudou em pagamentos usando dinheiro de contas pessoais de Bolsonaro, sem envolvimento de verbas públicas.
Já Flávio, segundo o delator, fazia parte do “grupo dos moderados”, que incluía o ex-Advogado-Geral da União Bruno Bianco, o ex-ministro Ciro Nogueira e o brigadeiro Batista Júnior – esse grupo discordava dos rumos do país, mas rejeitava o golpe de Estado.
Cid também citou Carlos Bolsonaro (PL), vereador do Rio de Janeiro, dizendo que ele integrava o chamado “gabinete do ódio”, que disseminava notícias falsas para atacar instituições e reforçar a polarização política.