Rio de Janeiro, 27 de Julho de 2025

China pede que Estados Unidos parem de vender armas a Taiwan

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Terça, 30 de Agosto de 2022 às 07:59, por: CdB

A afirmação chinesa veio após a mídia norte-americana revelar que o governo de Joe Biden quer pedir formalmente que o Congresso aprove uma venda de armamentos à ilha em contrato de cerca de US$ 1,1 bilhão.

Por Redação, com ANSA - de Pequim/Washington

A embaixada da China em Washington alertou aos Estados Unidos nesta terça-feira que o país precisa parar de vender armamentos de qualquer tipo a Taiwan. Os norte-americanos são os maiores fornecedores de armas para o território.

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Biden deve enviar pacote ao Congresso pedindo envio de armas a Taiwan

– Os EUA precisam parar de vender armas a Taiwan porque qualquer contato militar com a ilha viola o princípio da 'China Única'. Eles precisam parar de criar fatores que podem levar a tensão no Estreito de Taiwan, e devem dar seguimento às declarações do governo norte-americano de não apoiar a independência de Taiwan – disse o porta-voz da embaixada, Liu Pengyu.

A afirmação chinesa veio após a mídia norte-americana revelar que o governo de Joe Biden quer pedir formalmente que o Congresso aprove uma venda de armamentos à ilha em contrato de cerca de US$ 1,1 bilhão.

Conforme o portal Politico, esse pacote incluiria 60 mísseis antinavios AGM-84L Harpoon Block II, no valor de US$ 355 milhões, e 100 mísseis ar-ar AIM-9X Block II Sidewinder, por US$ 85 milhões, além de uma extensão de contrato para vigilância por radar, no total de US$ 655,4 milhões.

A informação ocorre em um momento de altíssima tensão entre China e EUA por conta do território, que se acentuou com a visita da presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, e outros três grupos de congressistas em agosto.

Apesar de Washington afirmar que encontros são apenas "visitas de rotina" e que não mudam o entendimento de que a ilha faz parte da China, Pequim vê a situação como uma afronta aos acordos firmados e um incentivo à independência de seu "território rebelde".

Também nesta terça-feira, a presidente da ilha, Tsai Ing-wen, afirmou que seu governo "continuará a manter a moderação e a calma" perante às "provocações" chinesas, mas seguirá adotando "contramedidas" para evitar qualquer tipo de problema mais sério.

– Quanto mais o inimigo é provocatório, mais precisamos ser calmos, sem permitir que a outra parte tenha desculpas impróprias para provocar conflitos – disse Tsai.

Aviões

Nesta terça-feira, foi anunciada a compra de 16 aviões Boeing 787 pela China Airlines. Os novos modelos substituirão a antiga frota A330. A compra é estimada em U$S 4,6 bilhões.

Ilhas Salomão

O governo das Ilhas Salomão informou que não permitirá mais que embarcações da Marinha dos Estados Unidos atraquem nos portos do país, informou a embaixada dos EUA em Canberra, na Austrália.

O arquipélago do Oceano Pacífico tinha acordos com Washington há anos, mas a relação mudou em abril, quando o atual governo firmou um acordo de segurança com a China.

"No dia 29 de agosto, os Estados Unidos receberam uma notificação formal do governo das Ilhas Salomão sobre uma moratória a todas as presenças navais, enquanto se aguardam as atualizações nos procedimentos previstos pelos protocolos", acrescenta a nota.

Assim como os norte-americanos, os chineses vêm fazendo ou reforçando parcerias na região indo-pacífica nos últimos meses. .

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