Jilmar Tatto tem 1% no último levantamento do Datafolha, realizado na semana passada, e Boulos, 12%. A corrida é liderada por Celso Russomanno (Republicanos), com 27%, seguido do prefeito Bruno Covas (PSDB), que tem 21%.
Por Redação - de São Paulo
Alguns dos principais dirigentes petistas já discutem, abertamente, a possibilidade de adesão à candidatura de Guilherme Boulos (PSOL). Eles avaliam a medida caso o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Jilmar Tatto, “não atinja dois dígitos nas pesquisas de intenção de voto até o fim deste mês”, diz reportagem do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo (FSP).
Jilmar Tatto (PT-SP) leva adiante uma candidatura que não conta com apoio integral do partido, em São Paulo
Tatto tem 1% no último levantamento do Datafolha, realizado na semana passada, e Boulos, 12%. A corrida é liderada por Celso Russomanno (Republicanos), com 27%, seguido do prefeito Bruno Covas (PSDB), que tem 21% —a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
“No PT, até mesmo a hipótese de retirada da candidatura de Tatto em favor de Boulos chegou a ser debatida durante reunião entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Gilberto Carvalho”, diz o jornal. Chefe de gabinete de Lula na Presidência da República, Carvalho foi recrutado pela presidente do partido, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), para reforçar a campanha de Tatto em São Paulo.
Imagem de Lula
Na coordenação da campanha desde 21 de setembro, Carvalho fez, há cerca de dez dias, um relato a Lula sobre as chances do partido na capital paulista. A FSP apurou que “Carvalho admitiu a possibilidade de revisão da candidatura caso a campanha não decole até o final de outubro, prazo para a retirada dos nomes das urnas”.
“Carvalho afirmou que o partido tem juízo suficiente para não persistir em uma candidatura sem viabilidade eleitoral. O ex-ministro afirmou, porém, que Tatto tem possibilidade de ultrapassar Boulos, especialmente depois da aparição de Lula na propaganda eleitoral em TV e rádio”, afirmou.
Coordenadores da campanha de Tatto apostam na associação com a imagem de Lula para que ele supere dez pontos percentuais até a última semana do mês, com possibilidade de crescimento na reta final de campanha. Questionado pela FSP sobre suas reuniões com o ex-presidente, “Carvalho disse que não comentaria o teor das conversas com Lula”, conclui.