Os pesquisadores chegaram a essa conclusão depois de analisar os níveis de atividade física de diferentes grupos de adultos e rever as estratégias para aumentar a atividade física em grupos com poucos recursos ou com risco de má saúde cardiovascular.
Por Redação, com RTP - de Nova York
Uma simples caminhada enérgica de 20 minutos por dia é suficiente para melhorar a saúde e reduzir riscos cardiovasculares, mostra estudo publicado nesta quarta-feira no boletim científico Circulation, da Associação Americana de Cardiologia.

A pesquisa alerta que os grupos da população que praticam menos exercício (os adultos com mais idade, as mulheres, os negros, as pessoas com depressão, com menor capacidade socioeconômica e os que vivem em zonas rurais) estão em maior risco de sofrer doenças cardiovasculares.
Os autores destacam que é importante desenvolver iniciativas que promovam a atividade física de forma sustentada, sobretudo para os grupos com menos recursos econômicos.
Eles explicam que a atividade física regular mantém o coração forte, sendo suficiente uma caminhada enérgica de 20 minutos por dia.
Os pesquisadores chegaram a essa conclusão depois de analisar os níveis de atividade física de diferentes grupos de adultos e rever as estratégias para aumentar a atividade física em grupos com poucos recursos ou com risco de má saúde cardiovascular.
– Ajudar todos a melhorar a saúde cardíaca é importante – afirma Gerald J. Jerome, do Departamento de Cinesiologia (estudo dos movimentos) da Universidade de Towson (Maryland), nos Estados Unidos.
– Descobrimos que muitos grupos com má saúde cardíaca também tinham níveis baixos de atividade física. Sabemos que a atividade física regular é componente-chave de ótima saúde cardíaca. Esses resultados nos oferecem a oportunidade de centrar esforços em programas de atividade física nos locais onde as pessoas mais precisam.
Saúde cardiovascular e os riscos
A Associação Americana de Cardiologia mede a saúde cardiovascular e os riscos em função de oito fatores: quatro de saúde (pressão arterial, colesterol, açúcar no sangue e índice de massa corporal) e quatro de estilo de vida (hábito de fumar, atividade física, sono e dieta).
Menos de 25% dos norte-americanos praticam pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana (o recomendado pela Associação Americana do Coração).
A equipe analisou os dados de programas de atividade física desenvolvidos para melhorar os níveis em populações específicas e observou que os que menos se exercitam são os adultos com mais idade, as mulheres, os negros, as pessoas com depressão ou incapacidades, os que têm nível socioeconômico mais baixo e os que vivem em zonas rurais ou bairros com menos calçadões.
– Infelizmente, muitos grupos que têm maior risco de sofrer de doenças cardíacas também declaram, em média, menor quantidade de atividade física – diz Jerome.
Os autores aconselham, na publicação, que os programas de atividade física sejam adotados adotem com a participação da comunidade, para satisfazer suas necessidades e definir programas acessíveis e culturalmente apropriados.
Aumentar os níveis de atividade física para melhorar a equidade sanitária exige "abordagem de equipe, com profissionais de saúde que avaliem e promovam regularmente a atividade de todos os pacientes", concluem.