Rio de Janeiro, 27 de Junho de 2025

Brasil e Reino Unido ampliam parceria na defesa do meio ambiente

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Terça, 07 de Março de 2023 às 10:54, por: CdB

No campo diplomático, Lula agradeceu ao chefe do antigo império britânico o reconhecimento de sua vitória nas eleições de 2022 logo nas primeiras horas depois de divulgados os resultados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Lula também recebeu comentários positivos da realeza britânica sobre o papel do Brasil nas discussões sobre a mudança climática.


Por Redação - de Brasília

O telefonema trocado entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o rei Charles III, monarca do Reino Unido, na véspera, já agilizou uma nova etapa da consolidação do Fundo Amazônia, um recurso bilionário destinado à sustentação do meio ambiente no bioma devastado ao longo dos últimos quatro anos, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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À frente da coroa, Charles III investe no Fundo Amazônia e melhora sua imagem pública


No campo diplomático, Lula agradeceu ao chefe do antigo império britânico o reconhecimento de sua vitória nas eleições de 2022 logo nas primeiras horas depois de divulgados os resultados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Lula também recebeu comentários positivos da realeza britânica sobre o papel do Brasil nas discussões sobre a mudança climática.

"Conversei agora por telefone com o Rei Carlos III, do Reino Unido. Falamos sobre a vontade de aprofundarmos parcerias e discussões entre nossos países sobre a questão climática e proteção do meio ambiente", comentou o presidente em sua conta de Twitter, traduzindo o nome do rei britânico.

Coroação


Apesar da expectativa de que a ligação incluísse um convite formal para que o brasileiro participasse da cerimônia oficial de coroação de Charles III (marcada para o próximo dia 6 de maio), essa informação não foi confirmada por Lula, tampouco pela Secretaria de Comunicação.

Embora ainda não tenha ocorrido uma cerimônia oficial de coroação, Charles III já é o monarca do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte desde 8 de setembro de 2022, após o falecimento de sua mãe, a rainha Elizabeth II.

Na coroação de Elizabeth II, em junho de 1953, o Brasil não foi representado pelo então presidente Getúlio Vargas, e sim pelo comandante-chefe das Forças Armadas, marechal Mascarenhas de Moraes. Lula poderia, portanto, ser o primeiro presidente brasileiro a participar da coroação de um monarca britânico, caso esteja presente na cerimônia de 6 de maio.

Meio ambiente


Além do reconhecimento imediato dos resultados eleitorais brasileiros, o Reino Unido esteve ao lado dos demais países que integram o Fundo Amazônia na liberação dos investimentos internacionais. Como um de seus primeiros atos como mandatário, Lula restabeleceu a diretoria do Fundo Amazônia, desativado durante o governo Bolsonaro.

A Alemanha e a Noruega, doadores históricos do fundo, já voltaram a destinar recursos ao país. O retorno das relações diplomáticas na área ambiental é muito devido ao posicionamento do governo em relação ao combate ao desmatamento, mas, sobretudo, à figura de Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e ativista ambiental de longa data.

O Reino Unido, ainda em janeiro, também reafirmou o interesse em participar do fundo. Ainda nesta terça-feira em Londres, após o telefonema entre os dois chefes de Estado, Therese Coffey, ministra do Meio Ambiente do Reino Unido, confirmou que o governo está ao lado da Alemanha e a Noruega para atuar junto ao financiamento do Fundo Amazônia.

Doações


Criado em 2008, durante o segundo mandato de Lula, o Fundo Amazônia tem como objetivo a captação de recursos para investimentos em prevenção, monitoramento, conservação, combate ao desmatamento e promoção de iniciativas sustentáveis na Amazônia Legal. Já foram realizadas 1.706 missões de fiscalização ambiental e foram apoiadas 384 instituições, sejam ONGs ou instituições governamentais, que atuam diretamente com projetos ambientais.

Até hoje, o fundo já atingiu receitas de mais de R$ 250 milhões a partir da comercialização de produtos florestais de origem e manejo sustentável, beneficiando mais de 200 mil pessoas na Amazônia.

A gestão do fundo é feita pelo Banco de Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e conta com dois conselhos, o Comitê Orientador e o Comitê Técnico. Ambos foram extintos durante o governo Bolsonaro. Em novembro do ano passado, o STF determinou a reativação do fundo.

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