"Não tem o menor cabimento levantar questionamento sobre o processo eleitoral”, afirma o economista Eduardo Giannetti, em referência às recentes declarações do presidente sobre o resultado das eleições de 2018.
Por Redação, com DW - de São Paulo
Para o economista e cientista social Eduardo Giannetti da Fonseca, as sucessivas quebras de decoro – limites do que o ocupante de um cargo público pode ou não fazer – do presidente da República, Jair Bolsonaro, são uma tentativa desviar a atenção da situação econômica do país e um demonstrativo do despreparo do ocupante do mais alto posto executivo nacional.
Giannetti fez o programa econômico de governo da candidata Marina Silva, nas eleições de 2018
"Não tem o menor cabimento levantar questionamento sobre o processo eleitoral”, diz, em referência às recentes declarações do presidente sobre o resultado das eleições de 2018. Bolsonaro disse que houve fraude e que ele foi eleito no primeiro turno, afirmação que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável por realizar as eleições no Brasil, contestou esta semana.
Impeachment
Em entrevista à agência alemã de notícias DW Brasil, Giannetti, que foi responsável pelo programa econômico da candidata à presidência Marina Silva (Rede) nas últimas eleições, diz que a incerteza política atrapalha a atração de investimentos e predomina no governo uma visão "muito estreita e retrógrada, que é o neoliberalismo de Chicago. Liberalismo tem a ver com igualdade de oportunidades”.
Apesar das críticas, não vê como razoável um processo de impeachment, mas demonstra preocupação com a reeleição de Bolsonaro.