Quarta, 02 de Fevereiro de 2022 às 13:19, por: CdB
O livro reúne 24 autores, e estabelece uma discussão para desmentir a falácia que opõe o Estado ao mercado como instrumento do desenvolvimento econômico. Quando se coloca “a mentira” do mercado contra o Estado nacional, a intenção é “tentar excluir setores que participam das disputas políticas, em favor de grupos econômicos muito poderosos".
Por Redação, com RBA - de São Paulo
O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé promoveu, na noite passada, um debate sobre a ampla temática do livro A volta do Estado planejador: neoliberalismo em xeque (Editora Contracorrente). O encontro virtual reuniu o organizador da obra, o jornalista e professor universitário Gilberto Maringoni, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, que escreveu seu prefácio, e a doutora em Economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Juliane Furno.
O encontro reuniu o organizador da obra, o jornalista e professor Gilberto Maringoni (D), o economista Luiz Gonzaga Belluzzo (E) e a doutora em Economia Juliane Furno (C)
O livro reúne 24 autores, e estabelece uma discussão para desmentir a falácia que opõe o Estado ao mercado como instrumento do desenvolvimento econômico. Quando se coloca “a mentira” do mercado contra o Estado nacional, a intenção é “tentar excluir setores que participam das disputas políticas, em favor de grupos econômicos muito poderosos que vão fazer a partição das riquezas”, explicou Maringoni.
Disputa
— O Estado é um grande pacto social para a organização da sociedade. O Estado moderno – que tem de 500 a 600 anos – surgiu para induzir o desenvolvimento do capitalismo em suas várias fases. Não existe desenvolvimento possível sem que a sociedade chegue a esse pacto, esse acordo, que nem sempre é um pacto de cavalheiros — acrescentou.
Em outras palavras, o espaço da disputa política do Estado não pode ser comparado a uma relação de mercado, que é a troca entre entes privados que visam o lucro e a maximização dos resultados, como quer o neoliberalismo.
— O pacto do Estado abrange toda a sociedade. O mercado abrange os que participam dele — concluiu o autor.