Rio de Janeiro, 27 de Julho de 2025

Banqueiro acredita que Brasil irá superar tarifas dos EUA

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Sábado, 26 de Julho de 2025 às 15:30, por: CdB

Segundo o executivo, o confronto entre os dois países “daqui a pouco cai, a pressão diminui, a gente vai para a sensatez ou para o consenso e isso vai diminuir”.

Por Redação, com Reuters – de São Paulo

As tarifas de 50% de tarifas impostas sobre a importação sobre produtos brasileiros pelo presidente dos EUA, Donald Trump, se não resolvidas pelas vias diplomáticas, serão absorvidas pelo Brasil, que tem uma economia capaz de se adaptar, segundo o principal executivo (CEO) do Banco XP, José Berenguer.

Banqueiro acredita que Brasil irá superar tarifas dos EUA | CEO do banco XP, Berenguer avalia que o Brasil sairá melhor do que os EUA na guerra tarifária
CEO do banco XP, Berenguer avalia que o Brasil sairá melhor do que os EUA na guerra tarifária

— A gente se prepara para qualquer situação que venha a enfrentar. Eu acho essa discussão de tarifas, etc., uma bobagem. Diplomacia é diálogo, é conversa, é chegar ao acordo. Ficar medindo quem tem mais poder, eu acho que a gente vai entrar no ‘perde-perde’ — acredita.

 

‘Tarifaço’

Segundo o executivo, o confronto entre os dois países “daqui a pouco cai, a pressão diminui, a gente vai para a sensatez ou para o consenso e isso vai diminuir”.

Em coletiva de imprensa, durante a Expert XP neste sábado, Berenguer previu que o país é resiliente o bastante para enfrentar qualquer situação que se apresente. 

— E se houver a tarifa como está aí colocada, o país tem recursos, tem mercado consumidor e vai se dar bem — previu.

Em termos de variáveis macroeconômicas, Berenguer avalia que o Brasil “vai ser cada vez mais uma boa alternativa de investimento”. Embora na sequência do primeiro baque do ‘tarifaço’ o fluxo de capital estrangeiro para a bolsa tenha diminuído após sucessivos meses de ingressos, ele acredita que vai haver “uma certa migração do mercado norte-americano, principalmente, que atraiu muitos recursos nos últimos 20, 25 anos, para mercados emergentes, e o Brasil vai se beneficiar desse fluxo”.

 

Ativos

Diante das intempéries do cenário macro local e geopolítico afetando o negócio, Thiago Maffra, CEO da XP Inc., afirmou que a grande arrumação de casa foi feita na virada de 2021 para 2022, após quatro anos seguidos de “bull market” (mercado mais afeito a ativos de risco), quando a empresa dobrava de tamanho a cada ano.

— Ali sim a gente tinha algumas coisas para corrigir, de rota, tamanho, número de pessoas, a correção foi feita e de 2022 para frente — comentou.

As projeções de crescimento da companhia apresentadas aos investidores não foram revistas e não consideram uma melhora do ambiente para investimentos. Das verticais criadas nos últimos cinco anos, a XP já extrai de 15% a 18%das suas receitas, disse o CEO da XP.

— A gente desenha a empresa para ela conseguir surfar em qualquer um dos cenários. É óbvio que tem uma parte do nosso negócio, do core investimentos, ele vai melhor num cenário macroeconômico, mais no que chama de bull market, com juros menores, com ativos de risco, bolsa, performando melhor, mas consegue crescer. A gente tem um negócio que quando vai mal cresce 15%, 20% e quando vai bem cresce acima de 30% — resumiu Maffra.

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