Rio de Janeiro, 26 de Julho de 2025

Aumento na alíquota do IOF faz crescer arrecadação federal

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Quinta, 24 de Julho de 2025 às 20:42, por: CdB

A Receita ressalta que se trata da maior arrecadação já registrada para meses de junho desde o início da série histórica, em 1995.

Por Redação, com ABr – de Brasília

A arrecadação do governo alcançou R$ 234,5 bilhões em junho deste ano, informou a Receita Federal (RF) nesta quinta-feira. O valor representa um crescimento real de 6,6% em relação ao mesmo mês de 2024, quando o montante arrecadado foi de R$ 220 bilhões, já corrigido pela inflação.

Aumento na alíquota do IOF faz crescer arrecadação federal | Alexandre de Moraes decidiu sobre a questão do IOf
Alexandre de Moraes decidiu sobre a questão do IOf

A Receita ressalta que se trata da maior arrecadação já registrada para meses de junho desde o início da série histórica, em 1995. O resultado foi impulsionado, principalmente, pelo aumento temporário do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), adotado pelo governo em meados de maio.

“O IOF apresentou uma arrecadação de R$ 8,02 bilhões, representando crescimento real de 38,83%. Esse desempenho pode ser justificado pelas operações relativas à saída de moeda estrangeira e pelas operações de crédito destinadas a pessoas jurídicas, especialmente em decorrência de alterações na legislação do tributo”, informou a RF.

 

Semestre

A Medida Provisória (MP) que elevou o IOF foi derrubada pelo Congresso em 27 de junho, mas voltou a vigorar — em quase sua totalidade — a partir de 16 de julho, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

No acumulado do primeiro semestre de 2025, a arrecadação federal atingiu R$ 1,42 trilhão em valores nominais. Com a correção pela inflação, o valor chega a R$ 1,44 trilhão, o que representa um crescimento real de 4,4% frente ao mesmo período de 2024 (R$ 1,38 trilhão). Também nesse caso, o resultado é o maior já registrado para um primeiro semestre desde o início da série histórica.

Além do aumento no IOF, a Receita destacou que outras medidas adotadas pelo governo federal vêm contribuindo para o desempenho da arrecadação. Entre elas constam a tributação de fundos exclusivos e de aplicações no exterior (offshores); as mudanças na tributação de incentivos fiscais concedidos por estados (subvenções) e a retomada da tributação de combustíveis, entre outras.

Meta fiscal

A alta na arrecadação está diretamente ligada à tentativa do governo de cumprir a meta fiscal de 2025, prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024. A meta é zerar o déficit primário das contas públicas neste ano, com margem de tolerância de até 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) — cerca de R$ 31 bilhões.

Além disso, a regra permite excluir do cálculo da meta fiscal os R$ 44,1 bilhões referentes ao pagamento de precatórios, que são dívidas da União reconhecidas pela Justiça.

Para 2026, a meta é alcançar um superávit primário de 0,25% do PIB, com a mesma margem de tolerância e possibilidade de exclusão dos precatórios.

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