A arquiteta afirma ter pedido socorro aos policiais que estavam na van, mas, em vez de assistência, recebeu uma resposta agressiva.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
Duas mulheres denunciaram terem sido atropeladas por uma van da Operação Segurança Presente na quinta-feira, no bairro da Lapa, região central do Rio. O incidente, segundo elas, ocorreu por volta das 7h, em frente ao número 92 da Rua Riachuelo, em frente ao condomínio Cores da Lapa. A arquiteta Mariana Sanchez, de 36 anos, e a social media Thaís Dutra, de 31, estavam juntas numa bicicleta elétrica a caminho do treino de crossfit quando foram atingidas pelo veículo oficial, identificado pela placa LUC2J40. As informações são do jornal Extra.

— Estávamos eu e minha amiga na minha bicicleta elétrica. Eu estava conduzindo, a caminho do nosso crossfit, na faixa esquerda da rua, que estava vazia. De repente, uma van do Segurança Presente bateu na gente e foi nos empurrando, sem parar o veículo. Eu comecei a gritar e fui jogando a bicicleta para a esquerda, para desviar. Eu consegui segurar a bicicleta para não cairmos e batermos no meio fio, porém a roda da van foi queimando a perna da minha amiga e bateu no joelho dela — relatou Mariana.
Segundo ela, após o impacto, as duas ficaram em choque com a ausência de qualquer ajuda por parte dos agentes. A arquiteta afirma ter pedido socorro aos policiais que estavam na van, mas, em vez de assistência, recebeu uma resposta agressiva.
— Eu comecei a gritar que eles precisavam parar para prestar assistência, pois haviam machucado minha amiga. No entanto, o motorista só gritou “aqui não é lugar para vocês” e arrancou com a van. Eu peguei a bicicleta elétrica e saí correndo atrás deles para tirar foto e pegar a placa da van — contou.
Busca por imagens de segurança
Sem apoio no local, as duas amigas seguiram por conta própria até uma unidade de emergência médica. Thaís passou por exames para avaliar uma possível lesão no joelho e uma queimadura provocada pelo atrito com o pneu do veículo. Apesar da dor e do susto, os ferimentos foram considerados leves.
— Fomos à emergência para a Thaís fazer um raio-x no joelho, que estava inchado. Mas, graças a Deus, não foi nada e só terá que colocar gelo e, na queimadura, pomada. Fui ao prédio em frente pedir a filmagem, mas eles disseram que preciso ir à delegacia para conseguir. Nesta sexta, então, vou à 5ªDP (Centro) — explicou Mariana.
Thaís Dutra também comentou o ocorrido nas redes sociais:
“Quando o Segurança Presente, em vez de ajudar, faz besteira e ainda não presta ajuda”, escreveu, criticando a postura dos agentes.
Procurada, a Operação Segurança Presente afirmou que está apurando o caso, irá identificar os policiais envolvidos e encaminhará o resultado da investigação à Polícia Militar.
A 5ª Delegacia de Polícia, responsável pela área, ainda não se manifestou sobre o andamento do registro feito pelas vítimas. As imagens de câmeras de segurança do entorno podem ser cruciais para esclarecer o que de fato ocorreu no momento do suposto atropelamento e verificar a conduta dos agentes públicos envolvidos.