Foram utilizadas duas técnicas de imagens por fluorescência e espectroscopia de absorção de raios-X para avaliar os fragmentos, que revelaram uma diversidade de minerais.
Por Redação, com Sputnik – de Tóquio
Pesquisadores descobriram que o fragmento do asteroide Ryugu, trazido para a Terra em 2020, é composto por um mineral inexistente na Terra, com hidratado de fosfato de amônio e magnésio, de dois grãos de rocha coletados durante a missão japonesa Hayabusa2.

A descoberta pode revelar informações sobre a formação do Sistema Solar e entender melhor os primeiros processos de formação planetária, segundo cientistas da Universidade norte-americana de Stony Brook e do Laboratório Nacional de Brookhaven, que publicaram os resultados nesta sexta-feira (5) na revista científica Geosciences.
“Aqui relatamos a descoberta de uma classe peculiar de grãos, de até algumas centenas de micrômetros de tamanho, que têm uma composição rica em hidratado de fosfato de amônio e magnésio. Suas propriedades químicas e físicas específicas apontam para uma origem no Sistema Solar externo”, escreveram os autores do estudo no artigo publicado.
Fosfeto
Foram utilizadas duas técnicas de imagens por fluorescência e espectroscopia de absorção de raios-X para avaliar os fragmentos, que revelaram uma diversidade de minerais e compostos como selênio, manganês, ferro, enxofre, fósforo e cálcio.
O fósforo foi achado no asteroide de duas formas: a comum, presente em dentes e ossos, e um raro mineral de fosfeto não encontrado em nosso planeta. Posteriormente, identificado como hidratado de fosfato de amônio e magnésio.