Trump anunciou uma tarifa de 10% sobre todos os produtos brasileiros exportados para os EUA como parte de seu pacote de tarifas recíprocas impostas aos parceiros comerciais dos EUA.
Por Redação – de Brasília
Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin avaliou que a tarifa de importação imposta pelos Estados Unidos ao Brasil é ruim, embora tenha ficado no nível mínimo de 10%. Os dois países terão uma nova rodada de negociações na próxima semana, adiantou.

— Mesmo o Brasil tendo ficado com a menor tarifa, para os outros países foi pior… para nós foi também ruim. Então, já tem marcado para a próxima semana… negociações entre as equipes técnicas, para a gente trabalhar — disse, a jornalistas.
Trump anunciou uma tarifa de 10% sobre todos os produtos brasileiros exportados para os EUA como parte de seu pacote de tarifas recíprocas impostas aos parceiros comerciais dos EUA. O governo reagiu, em nota após o anúncio, que os EUA registraram superávit comercial em sua relação com o Brasil em 2024, de cerca de US$7 bilhões no caso de bens e de US$28,6 bilhões considerando-se bens e serviços.
Comércio
Alckmin afirmou que, devido a esses dados, o Brasil não apresenta uma ameaça comercial para os EUA e, por isso, considera injusta a taxação, apontando também que a decisão cria imprevisibilidade e enfraquece o comércio mundial.
— O Brasil não é problema. Por isso, nós fomos incluídos na tarifa menor, mas não achamos justo isso e por isso vamos trabalhar para melhorar essa situação — acrescentou.
O vice-presidente lembrou que o Congresso aprovou projeto, que seguiu para sanção presidencial, que estabelece critérios para a reação do Brasil a barreiras e imposições comerciais de nações ou blocos econômicos contra produtos nacionais. Mas ele destacou que o governo enxerga o diálogo como o melhor caminho de negociação no momento e, portanto, não pretende usar o instrumento.