Cúmplice de ’03’, o neto do ex-ditador João Figueiredo — o último da ditadura militar (1979-1985) — Paulo Figueiredo compartilhou nota em suas rede sociais.
Por Redação – de Brasília
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes voltou à alça de mira de seguidores do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL), ao ser ameaçado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ou filho ’03’ como é mais conhecido. Mas, dessa vez, Moraes ganha a companhia do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, como alvo de medidas mais duras do governo de Donald Trump, nos próximos dias.

Cúmplice de ’03’, o neto do ex-ditador João Figueiredo — o último da ditadura militar (1979-1985) — Paulo Figueiredo compartilhou nota em suas rede sociais.
“Glória a Deus pela arrogância de meus adversários, ela liberou o caminho para que nós pudéssemos trabalhar sem obstáculos. Enquanto me adjetivavam de chapeiro para baixo, nós fazíamos o improvável. E anotem: ESTE É SÓ O COMEÇO!”, escreveu ’03’ em nota pública disseminada na sexta-feira, ao admitir culpa por promover a adoção de atos contra a República do Brasil.
Tornozeleira
Desde o anúncio da revogação do visto norte-americano para ministros do STF e parentes diretos, ocorrida na sexta, mesmo dia em que a PF realizou operação na casa de Bolsonaro e Moraes determinou o uso de tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente, ’03′ tem comemorado nas redes sociais.
Em mensagens públicas, o parlamentar lembra as críticas que recebeu quando o pai dele tentou emplacá-lo como embaixador em Washington, o que desencadeou ironias a partir de entrevista em que ele afirmou que tinha experiência por ter feito intercâmbio nos Estados Unidos e fritado hambúrguer no frio do Maine.
“Quem diria que o fritador de hambúrguer seria recebido (no Departamento de Estado dos EUA) e a embaixadora do Brasil não?”, escreveu, no último sábado, após acrescentar que há “ainda há muito por vir”.
Sem internet
“Sem sinal de GPS funcionariam as tornozeleiras eletrônicas?”, ameaçou ’03’, em outra mensagem. Ele referia-se à afirmação nas redes bolsonaristas de que no próximo pacote de sanções dos EUA contra o Brasil estariam restrições de funcionamento de satélites, que afetariam o funcionamento de sistemas GPS.
Na sexta-feira, em entrevista ao canal norte-americano de TV CNN, o deputado adiantou que os EUA poderia tomar medidas ainda mais duras contra o país.
— Espero que Deus ilumine a cabeça das autoridades brasileiras, principalmente da elite econômica, que tem muito poder, para que façam pressão nas pessoas corretas, notoriamente Alexandre de Moraes, e a gente consiga mudar esse cenário atual. Dos Estados Unidos, não falo em nome de ninguém, mas posso garantir: não haverá recuo. Se tudo der errado, pelo menos, nós estaremos vingados — resumiu.