Esta, no entanto, não é a primeira vez que Moro investe contra o governo de Nicolás Maduro. Em 2019, o site norte-americano de notícias Intercept Brasil publicou uma matéria em que mostra a ingerência na Venezuela, na tentativa de insuflar um golpe de Estado contra presidente.

Biden ouviu do colega brasileiro, conforme apurou a reportagem do Correio do Brasil, no final desta tarde, que aguarda o posicionamento do assessor especial da Presidência da República que retornou de Caracas, nesta terça-feira, o diplomata Celso Amorim, sobre a lisura das eleições venezuelanas.

Por David Emmanuel Coelho - No fim, como quase sempre, longe de existir aqui uma preocupação com lisuras eleitorais, a crise da Venezuela parece ser um repeteco da crise da Bolívia de cinco anos atrás e visa justificar uma virada de mesa em prol das forças conservadoras.

O desfecho do pleito é questionado pela oposição e por parte da comunidade internacional, que exigem do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) a publicação das atas de cada urna.

As manifestações se espalharam depois de, na noite de segunda-feira, o presidente ter participado de uma reunião na qual o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou sua reeleição para um terceiro mandato.

Perguntado por jornalistas sobre sua opinião quanto à lisura do pleito, Amorim citou o pensador grego Aristóteles: “Sou amigo de Platão, mas sou mais amigo da verdade. Estou procurando a verdade”.

"Eu acho que o governo brasileiro já devia ter reconhecido o resultado da eleição do Maduro. A Venezuela está construindo o seu caminho de maneira autônoma, soberana, inclusive é um dos países da América que tem mais eleições, que tem mais consulta, que tem mais organização popular", disse Genoíno.

Neste domingo, as urnas foram fechadas no país às 18h (horário local), 19h de Brasília, e o resultado do pleito foi anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Ao todo, 21,4 milhões de eleitores venezuelanos estavam registrados para votar e tanto governo como a oposição incentivaram os eleitores a comparecer às urnas.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo, em eleições nas quais obteve 51,20% dos votos.

Segundo o texto, há um grupos de governos que tentam desestabilizar e "desvirtuar" o que foram as eleições venezuelanas. A chancelaria defendeu o sistema eleitoral do país.

De acordo com a autoridade eleitoral, com cerca de 80% dos votos contados, Maduro garantiu mais de 5 milhões de votos, em comparação aos 4,4 milhões de González Urrutia.

No encontro com Celso Amorim, o chanceler Yván Gil ainda chamou de "impecável" a organização das eleições presidenciais e definiu o poder eleitoral venezuelano como "um dos mais transparentes e seguros do mundo”.

A realidade é que Amorim viaja sem uma agenda definida, mas pronto para estabelecer os contatos necessários à compreensão do quadro político, o qual será transmitido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em informes diversos, conforme apurou o CdB.

Neste ano, a oposição registrou observadores para todas as mais de 30 mil mesas eleitorais do país. “Conseguimos, graças a nossos voluntários, obter as credenciais de todas as testemunhas.

A crise econômica e o bloqueio petroleiro dos últimos anos deterioraram a infraestrutura da indústria petroleira venezuelana. De uma produção média de 2,3 milhões de barris por dia (bpd) em 2015, o país produziu em junho de 2024 apenas 851 mil bpd, segundo dados da Opep.

O governo Maduro também determinou o aquartelamento dos funcionários policiais em todo o país, que ficarão à disposição do Comando Estratégico Operacional da Força Armada Nacional Bolivariana.

A prisão ocorre menos de duas semanas antes da disputa presidencial de 28 de julho, na qual o candidato da coalizão de oposição, Edmundo González, está significativamente à frente do presidente Nicolás Maduro, que busca um terceiro mandato.

O ministro explicou ainda que o grupo de peritos eleitorais das Nações Unidas chegou na última terça-feira à Venezuela e lembrou que o Centro Carter dos EUA, a União Africana, mais de 65 centros eleitorais em todo o mundo.

O ministro do Interior e Justiça da Venezuela, Remígio Ceballos, disse que as chuvas torrenciais, associadas ao furação Beryl afetaram ao menos 25 mil pessoas na Venezuela.

A presença da equipe da ONU é anunciada após o governo de Nicolás Maduro barrar em maio uma comitiva de observadores internacionais que a União Europeia (UE) queria enviar para monitorar as eleições.