Como a margem de erro é de dois pontos percentuais, o presidente e o pedetista estariam tecnicamente empatados nesse ponto. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece na sequência, com 44% de rejeição. Em relação à rodada anterior, publicada na semana passada, o índice de Bolsonaro oscilou um ponto para cima.

Por Altamiro Borges - Com base nesses números, muitos analistas avaliam que o “capetão” já está com os seus dias contados, e devia mesmo providenciar um exílio faraônico em Dubai. “Bolsonaro tem índices muito desfavoráveis.

Questionados sobre a maneira como Bolsonaro lida com seu trabalho, 54% desaprovam enquanto 23% aprovam. Essa mesma pesquisa aponta, ainda, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera a disputa para a eleição de 2022, com 35% dos votos, seguido por Jair Bolsonaro, com 25%.

Os motivos para a rejeição do mandatário neofascista, no entanto, não são apenas ideológicos, mas econômicos. Aliadas aos efeitos da pandemia do mortal coronavírus, a inflação alta e a dificuldade em conseguir um emprego explicam a rejeição entre os jovens medida pela pesquisa.

É a primeira vez em quatro meses que os números de aprovação de Bolsonaro melhoram, levando em conta pesquisas anteriores da PoderData. No início de setembro, a diferença entre a taxa de reprovação e aprovação era de 36 pontos percentuais. Hoje, são 25 pontos percentuais.

Enquanto a rejeição aumenta, a avaliação de que o governo é “bom” ou “ótimo” diminui: foi de 27% para 25%, em relação à pesquisa anterior, realizada duas semanas antes. Segundo a publicação, Bolsonaro está no seu ponto mais baixo na avaliação da população, mas se mantém estável graças ao apoio fiel de 1/4 do eleitorado. 

O derretimento de Bolsonaro, na avaliação do cientista político Claudio Couto, mostra que o modus operandi do governo federal, baseado no caos, não é aceito. Com uma das piores gestões sobre a pandemia de covid-19 no mundo, Bolsonaro é desaprovado por 66% da população.

A chefe da Olimpíada de Tóquio disse nesta sexta-feira que o Japão está comprometido a realizar Jogos seguros no verão local, ao mesmo tempo em que uma disparada de casos de covid-19 levou a uma ampliação dos controles de contágio e apesar dos novos pedidos para que o evento seja adiado novamente ou cancelado.

O Inteligência, Pesquisa e Consultoria Ltda. (Ipec) é o instituto recém-criado para suceder o extinto Ibope Inteligência. De acordo com o levantamento, 61% disseram não confiar em Bolsonaro; 36% afirmaram confiar e 3% não sabem.

São os piores números desde junho e julho do ano passado, informa o estudo realizado durante um dos mais trágicos períodos vividos pelo país. O Brasil ultrapassou a marca de 250 mil mortes de covid-19. São 10,4 milhões os doentes.

Os dados do levantamento mais recente também mostraram que 26% consideram a gestão regular e 2% não opinaram ou não souberam responder.  Bolsonaro, segundo os pesquisadores da empresa de consultoria, tem melhor avaliação entre as pessoas que ganham mais de cinco até dez salários mínimos.

A pesquisa mostra também que o percentual dos que consideram o governo Bolsonaro regular é de 24%, ante 22% no levantamento realizado no mês passado.

Aqueles que consideram o presidente regular passaram de 26% em abril para 22%, indicando uma migração de pessoas que estavam nesse campo para uma avaliação negativa, uma vez que o percentual de ótimo/bom se manteve estável em 33% e aqueles que responderam não saber passarem de 3% para 2%.

O desempenho do mandatário neofascista tem piorado, consistentemente, nas redes sociais, segundo monitoramento de imagem feito pela empresa AP Exata. No começo de fevereiro, o monitoramento indica que o mau humor em relação ao governo continua. Nas primeiras semanas deste mês, foram seis dias negativos, dois neutros e um positivo.

A reprovação ao presidente Jair Bolsonaro subiu para 38% em agosto ante 33% em julho, enquanto a aprovação passou de 33% para 29%, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira. Ele também sofreu perda de apoio entre os mais ricos.

Segundo a pesquisa, a avaliação negativa do governo de Bolsonaro cresce desde fevereiro, quando estava em 17%.