A confirmação da viagem ocorre no momento em que o governo brasileiro assume um papel cada vez mais ativo no cenário geopolítico internacional. Lula tem defendido reiteradamente uma saída diplomática para o conflito.

O chefe do Kremlin e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversaram por telefone nesta terça-feira.

As forças russas vêm avançando desde meados de 2024 e controlam quase um quinto do território da Ucrânia.

Por Rui Martins - A inesperada e incompreensível aproximação dos Estados Unidos de Trump com a Rússia de Putin deixou os países europeus sem a costumeira proteção dos Estados Unidos.

Um representante do governo da Rússia anunciou, neste domingo, que uma nova rodada de negociações com os Estados Unidos será realizada no próximo fim desta semana.

Segundo a inteligência militar de Kiev, o Kremlin pode usar as recentes negociações entre os Estados Unidos e a Rússia, na Arábia Saudita, para impor seus termos de paz ao mundo.

O porta-voz lembrou “a realidade que fala da possibilidade de questionar a legitimidade de Zelensky” na hora de estabelecer os acordos que sejam assinados entre ambas as partes.

O mistério envolve o primeiro contato direto entre os líderes das duas maiores potências nucleares desde que a Rússia iniciou sua guerra em grande escala na Ucrânia em fevereiro de 2022.

Segundo a nota oficial russa, Lula e Putin compartilharam visões sobre a situação global. O Planalto, por sua vez, informou que o presidente brasileiro expressou preocupação com o cenário internacional e reafirmou o compromisso do Brasil com a promoção da paz.

Ainda nesta manhã, em um diálogo que reforçou a importância da diplomacia em tempos de tensões globais, Lula conversou por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Trump afirmou na quinta-feira que quer se encontrar com Putin o mais rápido possível para garantir o fim da guerra com a Ucrânia e expressou seu desejo de trabalhar para reduzir as armas nucleares.

Trump nunca fez questão de esconder o bom relacionamento que manteve com Putin durante seu primeiro mandato, entre 2017 e 2020.

Presidente russo parabenizou o estadunidense horas antes da posse. Trump prometeu acabar com o conflito rapidamente em seu segundo mandato, sem dizer como.

O voo J2-8243 caiu na quarta-feira em uma bola de fogo perto da cidade de Aktau, no Cazaquistão, após desviar de sua rota no sul da Rússia, onde drones ucranianos estavam atacando várias cidades. Ao menos 38 pessoas morreram no acidente.

Moscou acusou a Kiev de executar um bombardeio em larga escala com drones, que atingiram um bloco de apartamentos de luxo em Kazan, a quase mil quilômetros da fronteira.

Putin revelou também que ainda "não viu Assad", que está refugiado na Rússia desde 8 de dezembro, após rebeldes jihadistas tomarem Damasco. "Mas irei encontrá-lo", assegurou.

A informação foi divulgada nesta segunda-feira pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. "Tais decisões certamente não podem ser tomadas sem o chefe de Estado. Foi uma decisão dele", disse.

O grupo expressou "a mais profunda preocupação com a utilização de armas químicas e agentes de controle de distúrbios como método de guerra por parte de Moscou contra o território liderado por Volodymyr Zelensky.

Segundo as informações, Putin disse a Scholz que a Rússia nunca recusou e continua aberta a retomar as negociações sobre a crise ucraniana, ressaltando que possíveis acordos devem levar em conta os interesses russos na esfera de segurança.