Por Rodrigo Barradas - “Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados” (Herzog).

O Exército israelense anunciou que matou “70 terroristas do Hezbollah e bombardeou mais de 120 alvos” da milícia xiita pró-Irã nas últimas 24 horas no sul de Líbano.

Segundo fontes médicas palestinas, a operação bloqueou o norte de Gaza e causou a morte de mais de 400 pessoas nas últimas duas semanas.

De acordo com a OMS, "os intensos bombardeios, os deslocamentos em massa e a falta de acesso à parte norte do enclave fizeram a campanha de vacinação ser adiada".

Segundo o representante da agência, "o cheiro da morte está por todo o lado, já que os corpos jazem nas ruas ou sob os escombros", mas "as missões (de ajuda) continuam sem permissão para remover os corpos ou prestar assistência humanitária".

Israel se comprometeu a fazer cerca de “mil retiradas médicas suplementares para a União Europeia nos próximos meses”, afirmou Hans Kluge.

Os temores de um conflito mais amplo no Oriente Médio cresceram à medida que Israel planeja sua resposta ao ataque com mísseis realizado pelo Irã em 1º de outubro.

O ataque, no qual muitos ficaram feridos, ocorreu na cidade de Deir Al-Balah, onde 1 milhão de pessoas se abrigaram depois de fugir dos combates em outros locais após mais de um ano de guerra.

Nas últimas 24 horas, 45 palestinos morreram vítimas da guerra entre o governo de Benjamin Netanyahu e o grupo fundamentalista Hamas, deflagrada desde 7 de outubro de 2023.

O conflito começou após atentados do Hamas que deixaram 1,2 mil mortos em Israel em 7 de outubro de 2023, também civis em sua maior parte, segundo o governo de Benjamin Netanyahu.

Nesta segunda-feira, tanques israelenses avançaram para Jabalia, o maior dos oito campos de refugiados urbanos históricos da Faixa de Gaza, depois de cercá-lo, segundo os moradores.

Os ataques israelenses em Gaza já deixaram cerca de 42 mil mortos e levaram quase toda a população do enclave a deixar suas casas - mais de 2 milhões de pessoas, de acordo com números do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

Os tanques israelenses realizaram um ataque a várias áreas no leste e no centro de Khan Younis, antes de se retirarem parcialmente, deixando ao menos 40 pessoas mortas.

Segundo à agência palestina de notícias Wafa, o novo bombardeio atingiu uma casa que pertencia à família al-Qassas. Entre as vítimas estavam cinco mulheres e quatro crianças.

A situação é agravada pela destruição de mais de metade dos hospitais da região. Os dados levam em conta casos como amputações, lesões cerebrais e queimaduras.

Segundo dados oficiais, a campanha de vacinação provavelmente atingiu a sua meta, com mais de 552 mil crianças já tendo recebido a primeira dose.

A região bombardeada abriga sobretudo palestinos deslocados pelo conflito de quase um ano no enclave, que já matou mais de 40 mil pessoas desde 7 de outubro do ano passado.

O responsável pelo tiroteio no posto de controle foi identificado como Maher Dhiab Hussein al-Jazi, de 39 anos. As autoridades disseram que ele era um cidadão jordano e não levava explosivos no caminhão que dirigia.

O funcionário dos EUA também disse acreditar que Netanyahu ainda poderia chegar a um acordo histórico para normalizar as relações com a Arábia Saudita.

A Faixa de Gaza, que há quase um ano sofre com o conflito entre Israel e Hamas, teve "pausas humanitárias" nos últimos dias para permitir a imunização.