Desastres do tipo são comuns no país, especialmente nas margens dos grandes lagos no leste, cercados por colinas fragilizadas pelo desmatamento.

O barco estava transportando cerca de 500 passageiros, incluindo mulheres e crianças, quando virou na terça-feira no rio Congo, localizado na região noroeste do país, de acordo com as reportagens.

De acordo com o escritório africano da Organização Mundial da Saúde (OMS), o surto começou no vilarejo de Boloko e já contabiliza 419 casos e 53 óbitos desde 21 de janeiro de 2025.

Desde janeiro, o grupo rebelde M23, que Kinshasa acusa Ruanda de apoiar, capturou áreas do leste do Congo, incluindo as cidades de Goma e Bukavu, e valiosos depósitos minerais.

Militantes da Codeco atacaram o grupo de vilarejos de Djaiba, incendiando casas cheias de pessoas, atirando e decapitando moradores com facões.

Um dia após declarar cessar-fogo por motivos "humanitários", o grupo tomou o município de Nyabibwe, na província de Kivu do Sul, que, assim como a vizinha Kivu do Norte, é rica em recursos minerais.

O representante da ONU alertou também para o fato de os serviços básicos em Goma terem sido paralisados, já que a distribuição de eletricidade e de água potável foi cortada durante vários dias.

Explosões isoladas de tiros soaram em alguns bairros periféricos da cidade à beira do lago, onde a invasão rebelde de segunda-feira deixou corpos espalhados pelas ruas.

Causador de uma febre hemorrágica altamente contagiosa e letal, o vírus é endêmico na RDC e já provocou mais de 10 epidemias no país.

Enfermidade, conhecida como "doença X", já causou 31 mortes na República Democrática do Congo. Especialistas acreditam que casos podem ter origem em males já conhecidos.

Cerca de 230 mil doses da vacina contra a mpox estão imediatamente disponíveis para serem enviadas, afirmou Tim Nguyen, também da OMS.

Tedros lembrou que casos da nova variante da mpox já foram confirmados também na Suécia e na Tailândia, os primeiros fora do continente africano.

O grupo, que inclui um coronel e um tenente-coronel da guarda republicana, está sendo processado por "crimes contra a humanidade por assassinato, destruição maliciosa e incitação de soldados a cometerem atos contrários ao dever ou à disciplina", de acordo com uma declaração do tribunal militar em Goma.

Cerca de 70 mil deslocados chegaram a Bule entre 15 de abril e 15 de maio devido à violência armada nas áreas circundantes.

Mais corpos estavam sendo recuperados nesta segunda-feira, somando-se às dezenas de outros que foram embrulhados em sacos e empilhados em valas comuns no fim de semana, disseram fontes da sociedade civil.