O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem uma conversa programada com o presidente chinês, Xi Jinping, ainda nesta sexta-feira, em uma tentativa de conter a máquina de guerra da Rússia, isolando Moscou da única grande potência que ainda não condenou o ataque.

Em discurso ao Congresso, presidente dos EUA fez duras críticas à Rússia, disse que Putin está mais isolado do que nunca e que a economia russa já começa a sentir os efeitos das sanções do Ocidente.

Após conversas com Macron, líderes sinalizam abertura para reunião em busca de uma solução diplomática para a crise. Kremlin afirma, porém, que ainda não há planos concretos para encontro.

O presidente Joe Biden e seus aliados da Otan poderiam facilmente prevenir uma guerra na Ucrânia, “mas prefeririam ver a Rússia invadir seu aliado para justificar duras sanções contra Moscou e incitar um conflito lucrativo”, disse Gabbard, em recente entrevista a uma rede norte-americana de TV.

"Nas próximas horas, o presidente Volodimir Zelenski falará sobre a situação de segurança e sobre os atuais esforços diplomáticos voltados pra uma desescalada, com o presidente norte-americano, Joe Biden", disse o secretário de imprensa do presidente ucraniano, Sergiy Nikiforov, no Facebook.

“Vladimir Putin e Emmanuel Macron discutiram (…) especulações provocativas relacionadas com uma suposta ‘invasão’ russa da Ucrânia, que é acompanhada de entregas significativas de armamentos modernos para este país”, disse na nota a Presidência russa.

Enquanto o Departamento de Estado dos EUA diz que tais negociações estão entrando em seu trecho final, autoridades iranianas declararam que parte de suas demandas sobre a remoção de sanções até agora não foram atendidas nas negociações de Viena.

O Ocidente insiste na campanha de que a Rússia está programando uma suposta invasão da Ucrânia, enquanto a chancelaria russa já declarou que não tem intuito de executar tal objetivo e que "se depender da Rússia, não haverá guerra".

Integrante do movimento progressista europeu Diem25, Chomsky alertou sobre os riscos das mudanças climáticas e se tornou um flagelo para o governo do então presidente norte-americano Donald Trump.

Quando ocorreram as eleições de 2020, muitos apontavam que Biden ficaria apenas os quatro anos de mandato na Casa Branca e, sua sucessora, seria a vice, Kamala Harris. No entanto, há muitos rumores sobre dificuldades do relacionamento entre ambos e essa possibilidade estaria cada vez mais distante.

Por Pedro Guerreiro - Na verdade, Biden persiste nos objetivos estratégicos expressos no “América primeiro” de Trump, proclamando que a “América está de volta” para reafirmar a sua liderança, isto é, para assegurar a subordinação e o alinhamento dos seus aliados e de outros países com a sua política de confrontação.

A reunião entre os dois líderes ocorreu em um momento de grande tensão internacional por uma possível invasão russa no território ucraniano. Os norte-americanos e também os europeus alertam há meses sobre o aumento da presença das tropas de Moscou nas fronteiras entre as duas nações.

Acredita-se que mais de 94 mil soldados russos estão reunidos perto da fronteira com a Ucrânia. Na última sexta-feira, o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, disse que a Rússia pode estar planejando uma ofensiva militar de larga escala no final de janeiro, citando relatórios de inteligência.

Peskov adiantou, na véspera, que a data da reunião ainda não tinha sido acordada, mas mencionou o dia 7 como possibilidade. Ainda na sexta-feira, Yuri Ushakov, assessor de Putin, presumiu que os dois presidentes discutirão os temas da pandemia, da luta contra as mudanças climáticas e o mercado petrolífero.

Advertências e apelos recíprocos dominaram primeira cúpula online entre o presidente americano e líder chinês. Com foco em Taiwan, países passam pelo momento mais tenso desde o início das relações diplomáticas em 1979.

A reunião entre os líderes dos EUA e China ocorreu em meio ao aumento das tensões entre os países, inclusive devido à questão de Taiwan. Washington vende armas à ilha e mantém contatos oficiais e militares com Taipé.

Disputas diplomáticas combativas entre EUA e China no início do governo Biden enfureceram aliados, e autoridades norte-americanas acreditam que um engajamento direto com Xi seja a melhor maneira de impedir que a relação entre as duas maiores economias do mundo se desestabilize até um eventual conflito.

Por Atilio Boron - Não estamos precisamente diante de um homem santo que personifica a essência mais primitiva dos valores democráticos. Quem fala é um político do império que diz o que lhe convém e nada mais.

Além disso, o presidente revelou que "a China, a Rússia e o resto do mundo devem saber" que os Estados Unidos são "os mais poderosos". Biden disse que os norte-americanos não devem se preocupar com o fato de algum país se tornar "mais poderoso".

Segundo a imprensa norte-americana, o acordo para um encontro entre os líderes ocorreu após o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, e o assessor de política externa chinês, Yang Jiechi, se reunirem por seis horas em Zurique, em meio à tensão crescente entre as potências globais.