Viúva de milhionário da Mega-Sena é presa

Adriana de Almeida, 30 anos, viúva do milhionário assassinado, Renné Senna, foi presa nesta terça-feira. A ex-cabeleireira, suspeita de cumplicidade na morte do marido, foi surpreendida por policiais da 119ª DP (Rio Bonito), num hotel de Camboinhas, na região Oceânica de Niterói. Segundo o advogado Alexandre Dumans, Adriana está "aos prantos e desesperada", na carceragem feminina da Polinter em São Gonçalo, município da região metropolitana.

Adriana foi presa por 30 dias, prorrogáveis por mais 30. A intenção, segundo a polícia, é evitar que a viúva fuja ou que pressione as testemunhas. O advogado informou que está providenciando um pedido de habeas corpus. Dumans esclareceu que Adriana estava hospedada em Camboinhas por não se sentir confortável na fazenda comprada por Renné Senna, em Rio Bonito, devido ao assédio da imprensa e à hostilidade de moradores da cidade.
A ele, a polícia justificou a prisão com o argumento de que precisa colher mais provas.

- Não era necessária. A Adriana nunca se recusou a colaborar -, protestou o advogado.

A situação dela se complicou depois que a Polícia descobriu que Adriana tinha dois amantes. Um deles foi identificado como o motorista de van Robson de Andrade Oliveira, de 26 anos. Robson, em declarações à polícia, desmentiu o depoimento da viúva. Os advogados dela tiveram que apresentar uma petição para retificar o processo.

O segundo amante de Adriana seria um ex-segurança de Renné, que era 25 anos mais velho do que a mulher e amputara parte das duas pernas devido às complicações da diabetes. A defesa de Adriana nega a existência de outro homem, além do motorista, na vida da ex-cabeleireira. O advogado de Adriana disse que foi pego de surpresa com a prisão. Ao chegar à delegacia, Dumans afirmou que a prisão antes do julgamento era uma "violação das garantias constitucionais".