Rio de Janeiro, 15 de Setembro de 2025

Vistos de trabalho para tecnologia batem recorde nos EUA

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Terça, 30 de Outubro de 2001 às 13:54, por: CdB

Apesar da crise que abateu o setor de tecnologia, o Serviço de Imigração (INS) dos Estados Unidos aprovou um número recorde de vistos do tipo H1-B para o ano fiscal encerrado em 30 de setembro. Após um lobby tremendo liderado por grupos da indústria, o Congresso ampliou o limite para 195 mil vistos de trabalho na área de alta tecnologia - o maior índice já aprovado e um aumento de 107.500 petições em relação ao ano fiscal anterior. O fato do governo ter permitido que mais cidadãos estrangeiros trabalhem no setor naquele país causou polêmica entre muitos americanos. O programa H1-B é uma das questões mais delicadas enfrentadas pela comunidade de tecnologia nos EUA. Críticos alegam que, muitas vezes, os estrangeiros estão sendo contratados porque aceitam salários mais baixos e menos benefícios. Os grupos da indústria, por sua vez, argumentam que os Estados Unidos não estão preprarando profissionais com aptidões especializadas o suficiente para atender à demanda interna. Os contratados através do visto H1-B - muitos treinados nas próprias universidades norte-americanas - podem trabalhar no país por cerca de seis anos utilizando o programa de vistos. A batalha envolvendo a questão é antiga. O limite de emissão despencará para 65 mil vistos no final do ano fiscal 2003 - significando que os grupos da indústria terão de renovar o seu lobby com o Congresso na ocasião. Muitos oponentes do programa H1-B acreditam que seria de interesse do Congresso baixar a emissão de vistos para estimular a contratação local. "Isso beneficiaria claramente os trabalhadores americanos e graduados recém-formados", disse Mark Krikorian, diretor-executivo do Centro para Estudantes Imigrantes, em Washington. Mas Harris Miller, presidente da Associação Americana de Tecnologia da Informação (ITAA), rebate a informação, dizendo que, se o limite não é atingido, mostra que as forças do mercado estão trabalhando e que os empregadores não estão abusando dos programas. "Trata-se de um limite, não um número obrigatório", ressaltou. Um recente estudo da ITAA estima que a força de trabalho de tecnologia nos EUA está em 10,4 milhões de profissionais e a demanda projetada para novos trabalhadores neste ano é de aproximadamente 900 mil - bem abaixo dos 1,6 milhão de novos profissionais registrados no ano passado.

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