A Venezuela informou que não planeja mudar os acordos vigentes com seus sócios privados no setor de gás natural, apesar da ampla campanha de nacionalização anunciada pelo governo do presidente Hugo Chávez, informou o ministro de Energia no final desta segunda-feira. O presidente venezuelano, que assumiu na semana passada um novo mandato de seis anos, abalou os mercados com planos de estatizar empresas estratégicas de eletricidade, telecomunicações e energia, uma reforma com a qual também espera controlar as operações de gás natural.
As atuais licenças de exploração dão aos grupos energéticos privados uma participação de ao menos 65% nos projetos, uma vez que realizem descobertas comerciais.
- Nós concordamos que tudo o que foi garantido e desenvolvido sob a lei (atual) será mantido neste esquema. As licenças emitidas vão ser mantidas como estão - disse o ministro Rafael Ramírez a jornalistas.
Chávez busca aumentar o controle sobre o setor de hidrocarbonetos da Venezuela, um dos principais exportadores mundiais de petróleo e importante fornecedor para o mercado norte-americano, por meio de uma reforma constitucional que dará ao Estado controle sobre o gás natural. As companhias norte-americana Chevron e norueguesa Statoil já realizaram operações de exploração sob as condições contratuais. A francesa Total e a espanhola Repsol extraem gás natural em terra firme em projetos de capital 100% privado.