Vazamento em mineradora de Minas pode atingir o Rio de Janeiro

As autoridades ambientais do Rio estão em alerta com relação ao vazamento detectado na empresa Mineração Rio Pomba Cataguazes, em Miraí (MG). Vinte técnicos da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) foram de helicópteros ao local para fazer uma primeira avaliação dos danos causados, da dimensão do vazamento e para saber se ele pode ser contido antes de chegar ao noroeste do estado do Rio.

Este seria o segundo vazamento de produtos tóxicos a contaminar o Rio Muriaé com reflexos em cidades fluminenses. Segundo a Cedae, a previsão é de que em 24 horas o vazamento chegue ao estado, pelo Rio Muriaé, atingindo os municípios de Itaperuna, São José de Ubá, Italva, Cardoso Moreira e Muriaé.

O vazamento está levando lama com óxido de ferro e de alumínio, que é tóxico. A companhia pede que os moradores desses municípios economizem água. O presidente da Cedae, Wagner Victer, já entrou em contato com o governo de Minas Gerais para tratar do assunto e fazer o levantamento de quantos carros-pipa serão necessários para abastecer os municípios do Rio que forem atingidos.

O governador Sérgio Cabral deu início às ações de emergência para a contenção da poluição da Bacia do Rio Paraíba do Sul e acionou a Secretaria do Ambiente, a Cedae e Feema - além da Defesa Civil, ligada à Secretaria de Saúde.

Cabral já entrou em contato com o presidente da Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (Feam-MG), Ilmar Bastos Santos, que informou que as primeiras análises indicaram a contaminação por produtos não-tóxicos.