Um centro cultural é atacado e ônibus voltam a circular no Rio

Após a onda de ataques criminosos desta quinta-feira, os ônibus no Rio de Janeiro estão voltando a circular gradativamente na manhã desta sexta-feira, mas os pontos de ônibus nas zonas norte e oeste da cidade e na região metropolitana continuam cheios. As vans e kombis que fazem o transporte alternativo também não circularam na madrugada e só estão voltando agora pela manhã. Um centro cultural em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, foi atingido por cerca de 3 disparos.

Os donos das empresas recolheram os coletivos por volta das 21 horas desta quinta-feira por causa dos ataques aos ônibus na madrugada e ao longo do dia. Onze ônibus foram incendiados e em um deles, que seguia do Espírito Santo para São Paulo, sete pessoas morreram queimadas.

A Polícia Militar reforçou o patrulhamento nas ruas, mas o policiamento nos pontos fixos foi abandonado, depois que cabines e delegacias foram metralhadas durante a madrugada e o dia de ontem. De acordo com a PM, no final da noite de ontem um ônibus foi incendiado em Pendotiba, no município de Niterói. Não houve feridos.

No começo da madrugada, a Linha Vermelha, via expressa que liga a Baixada Fluminense ao centro da cidade e à zona sul, ficou fechada por 20 minutos devido a um confronto entre policiais e bandidos da favela do Dique, já no acesso à Rodovia Presidente Dutra. Mais de 50 carros da polícia, inclusive a Rodoviária Federal participaram da ação. Não há informações sobre feridos.

No centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, dois homens em uma motocicleta atiraram contra o prédio do Centro Cultural Oscar Niemeyer. A biblioteca foi atingida por cerca de 13 disparos. Os bandidos foram perseguidos por uma patrulha do 15º Batalhão e houve troca de tiros, mas eles conseguiram fugir. A moto em que estavam foi apreendida.

Durante a madrugada e todo o dia de quinta foram registrados pelo menos 14 ataques a ônibus, delegacias e cabines da Polícia Militar na cidade do Rio de Janeiro e em alguns municípios da região metropolitana. As ações deixaram 18 pessoas mortas e pelo menos 23 feridas.