Rio de Janeiro, 18 de Junho de 2025

Tuvalu pode ter mais da metade do território submerso até 2050

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Quinta, 12 de Junho de 2025 às 10:34, por: CdB

Feleti Teo está em Nice, na França, onde participou da Conferência das Nações Unidos sobre o Oceano (UNOC3) e disse que “o aumento do nível da água do mar é a grande ameaça para Tuvalu”.

Por Redação, com Lusa – de Paris

O primeiro-ministro de Tuvalu, pequeno Estado insular do Pacífico, alertou nesta quinta-feira que, devido à subida do mar, mais da metade do território poderão estar submersos em 2050 e pediu financiamento para o programa de adaptação costeira.

Tuvalu pode ter mais da metade do território submerso até 2050 | Primeiro-ministro do pequeno Estado do Pacífico pede ajuda a países
Primeiro-ministro do pequeno Estado do Pacífico pede ajuda a países

Feleti Teo está em Nice, na França, onde participou da Conferência das Nações Unidos sobre o Oceano (UNOC3) e disse que “o aumento do nível da água do mar é a grande ameaça para Tuvalu”.

– Em 2050, 60% de Tuvalu estarão cobertos pelo mar, será um grande desastre. Ponham-se na minha situação – alertou.

– O nosso território está comprometido, não temos opção, não há montanhas para onde possamos nos mover – afirmou, acrescentando que o país está sentindo o efeito das alterações climáticas que provocam a subida do nível da água do mar.

Como parte de um tratado com Camberra para fazer face ao problema, os primeiros tuvaluanos (cerca de 300) poderão se candidatar a viver na Austrália, lembrou.

Ilhas de coral

O pequeno país é constituído por nove ilhas de coral e tem 11 mil habitantes.

Feleti Teo disse ainda que sempre que tem oportunidade “pede financiamento para poder se adaptar e ter mais tempo” para lidar com o problema. Ele iniciou um programa de adaptação costeira que consiste em mover areia para o interior da ilha.

– O problema é que não tem havido financiamento, apenas US$ 4 milhões (3,45 milhões de euros) – disse.

Alertou ainda os países presentes na UNOC3 para a necessidade de “cortar as emissões que provocam as alterações climáticas”.

– Espero que nos ouçam. Como pequeno país não temos essa influência, mas precisamos de manter a pressão para continuar a contar a nossa história – afirmou.

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