A crise nos aeroportos brasileiros não influenciou as viagens internacionais. A avaliação é do diretor de Assuntos Internacionais da Agência Brasileira de Viagens (ABV), Leonel Rossi Júnior. Ele afirmou que grande parte dos estrangeiros que vêm ao Brasil chega em vôos fretados. Os poucos que tiveram problemas foram os que precisaram fazer vôos entre as cidades brasileiras, depois de chegar ao país.
Em relação ao público interno, Rossi afirmou que o que aconteceu foi um "desastre completo".
- É tudo muito lamentável, todos nós vimos o sofrimento das pessoas nos aeroportos. É inconcebível que isso tenha acontecido. Infelizmente temos que dizer que o Governo Federal é o principal culpado, ele que tinha que ter tomado as principais providências antes que isso acontecess -, disse.
Segundo o diretor da ABV, nos últimos 50 dias as vendas de pacotes e viagens turísticas para as férias de fim de ano e de verão caíram 15%. Para ele, a recuperação do prejuízo dependerá de ações do Governo Federal e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Rossi afirmou que os hotéis das regiões metropolitanas acabaram tendo lucro com o atraso dos vôos, já que muitas pessoas precisaram pernoitar perto dos aeroportos. Sobre a infra-estrutura do turismo, ele disse que o ideal para o Brasil seria ter pelo menos quatro grandes companhias aéreas.
- O Brasil é um país de dimensões continentais, um país muito grande, nós temos que ter concorrência. Há pouco tempo tínhamos quatro grandes companhias, e temos que voltar a ter isso para ter uma concorrência saudável. Isso é importante para o país -, disse o diretor.
Dados da ABV mostram que o turismo no Brasil cresce 10,12% ao ano. Por isso, segundo Rossi, a infra-estrutura dos aeroportos e estradas brasileiras precisa continuar melhorando. Rossi afirmou que poderá haver filas nos aeroportos, situação normal no final do ano, mas que as coisas estarão mais tranqüilas.
Turismo internacional não sofreu com crise, diz agente de viagens
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Quarta, 27 de Dezembro de 2006 às 19:51, por: CdB