Rio de Janeiro, 11 de Setembro de 2025

Tribunal Federal agiliza processos para apressar julgamento de Lula

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Terça, 28 de Novembro de 2017 às 13:16, por: CdB

A tramitação de processos na segunda instância, que julgará o ex-presidente Lula, ficou mais ágil.

 
Por Redação - de Porto Alegre

 

O julgamento das ações criminais na segunda instância da Lava Jato, na capital gaúcha ficaram mais céleres. Trata-se da mesma instância que julgará o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Lula foi acompanhado por um grande número de militantes em seu depoimento ao juiz Moro

Por decisão do colegiado, a Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-IV) intensificou a quantidade de julgamentos da operação. Entre janeiro e outubro deste ano, a média de julgamento das ações foi de 14 meses e meio. Considerado apenas o mês de novembro, foi de sete meses.

Pedido rejeitado

Se a média de novembro se mantiver até a chegada ao processo de Lula, considerando que há recesso do Judiciário em dezembro e janeiro, o ex-presidente pode ser julgado ainda no primeiro semestre; antes, portanto, do período eleitoral. Uma vez condenado em segunda instância, ele pode ser impedido de concorrer em 2018.

O humor dos magistrados anda azedo para a defesa de Lula. Ainda nesta terça-feira, a instância negou o pedido do ex-presidente para reverter a decisão do juiz Sérgio Moro, em primeira instância. Ele bloqueou R$ 16 milhões da conta do ex-mandatário.

A defesa havia entrado com um mandado de segurança solicitando o desbloqueio; mas os desembargadores, por unanimidade, decidiram rejeitar o pedido. De acordo com a decisão, essa solicitação deve ser pedida em primeira instância, em Curitiba. A ação dos defensores foi uma tentativa de "pular instâncias".

Sérgio Moro

Essa foi a segunda vez que os advogados do Lula tentam o desbloqueio do dinheiro. Eles alegam ser uma medida ilegal. Em julho, outro pedido semelhante havia sido negado pela Justiça.

O pedido de bloqueio foi feito pelo Ministério Público Federal, em outubro de 2016, no caso do "tríplex do Guarujá". A solicitação ocorreu antes da condenação de Lula a nove anos e meio de prisão nesse julgamento e foi autorizado por Moro em julho deste ano.

A defesa alega que houve uma contradição do juiz para bloquear a quantia, que seria usada para ressarcir a Petrobras no futuro. Afirmam "que o próprio juiz, ao julgar os embargos da declaração de opostos contra a sentença pela defesa de Lula, reconheceu que nenhum valor proveniente de contratos da Petrobras foram dirigidos ao ex-presidente".

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