Temer preferiu não entrar em detalhes quanto ao prazo de encerramento do acordo. Uma vez concluído o desligamento, quatro ministros tucanos terão deixado o governo. A conversa entre Temer e Alckmin foi rápida, durante o trajeto entre Limeira e Americana de helicóptero, em que foram juntos.
Por Redação - de São Paulo
O presidente de facto, Michel Temer, bem que tenta manter as aparências. Chegou a dizer, publicamente, que o desembarque do PSDB do governo será “cortês e elegante”. Mas a realidade é outra. Sem o apoio incondicional dos tucanos, no Parlamento, os planos do governo, de aprovar o texto da reforma previdenciária, nos moldes atuais, acabam derrotados.
— (Nossa conversa) será cortês e elegante como é do meu estilo e do governador. Eu tenho certeza que o PSDB deu uma grande colaboração ao governo. Nós temos um ano e meio, o PSDB esteve presente um ano e meio, aliás em ministérios de grande porte — afirmou Temer, a jornalistas.
Conversa rápida
O peemedebista conversou com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sobre o fim da aliança com a legenda tucana, após participar da entrega de 900 casas do programa Minha Casa Minha Vida, em Limeira (SP).
Temer preferiu não entrar em detalhes quanto ao prazo de encerramento do acordo. Uma vez concluído o desligamento, quatro ministros tucanos terão deixado o governo. A conversa entre Temer e Alckmin foi rápida, durante o trajeto entre Limeira e Americana de helicóptero, em que foram juntos.
— Presidente (de facto), conte conosco. A boa política é buscar entendimento. Entendimento para resolver os problemas do Brasil e melhorar a vida das pessoas — disse Alckmin, em tom solene.
Gestão pós-golpe
Em um segundo discurso, na cidade de Americana, a 30 km de Limeira, o tucano voltou a falar de aliança com Temer. Disse que viu recentemente um provérbio libanês, origem dos ascendentes de Temer. O dito popular ensina que "com uma mão só não dá para aplaudir". E, dirigindo-se ao peemedebista, afirmou:
— Nós precisamos dar a mão, fazer parceria em benéficio do Brasil.
Além de Alckmin, Temer estava acompanhado de uma comitiva de assessores que saíram em defesa da gestão imposta após o golpe de Estado, em Maio de 2016. Entre eles estavam Henrique Meirelles (Fazenda), que também tem manifestado a possibilidade de concorrer em 2018 pelo PSD; Moreira Franco (Secretaria Geral), Alexandre Baldy (Cidades) e o presidente da Caixa Gilberto Occhi.