Em uma sessão morna, 172 deputados votaram pela permanência de Temer, apesar das pesadas denúncias.
Por Redação - de Brasília
Em uma sessão morna, 172 deputados votaram pela permanência de Temer no Palácio do Planalto, apesar das pesadas denúncias em curso. Valeu a negociação coletiva com a base aliada. A oposição e parcela de deputados da direita, indispostos com o peemedebista, garantiram mais votos do que na última denúncia, de corrupção passiva, apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR), em agosto último.
A redução no número de votos pela permanência do atual mandatário, segundo analistas políticos ouvidos pela reportagem do Correio do Brasil, mostra que Temer precisará reorganizar sua base de apoio. As reformas econômicas que interessam ao capital internacional ficam mais distantes diante da fraqueza política do atual grupo político.
Michel Temer é acusado, junto com dois de seus principais ministros, Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), de formar o “quadrilhão do PMDB”. Eles respondem por formação de quadrilha e obstrução de Justiça. Trata-se do grupo que se beneficiou de desvios que atingem os R$ 587 milhões em contratos públicos.
No atual cenário, o peemedebista está livre das investigações até o fim de 2018, quando encerra-se o mandato. O gramado em frente ao Congresso permanecia vazio durante a votação. Não houve qualquer protesto, seja da direita ou da esquerda. Os movimentos sociais, sindicatos e outras instituições da sociedade civil organizada permaneciam desmobilizados.