O secretário de Estado de Meio Ambiente de Minas Gerais, José Carlos Carvalho, confirmou a interdição da Mineração Rio Pomba, e afirmou categórico que "não resta nenhuma dúvida de que a responsabilidade objetiva de tudo que aconteceu é da empresa e por isso decidimos interditar permanentemente as atividades da mineradora naquele local". Em entrevista nesta sexta-feira o secretário confirmou, que a Mineradora Rio Pomba Cataguases Ltda também poderá ser responsabilizada cível e criminalmente pelos prejuízos causados no rompimento da sua barragem de rejeitos de bauxita na última quarta-feira.
De acordo com o secretário, os procuradores de Justiça do Ministério Público Estadual estão nesta sexta-feira em Miraí, na zona da Mata mineira. A mineradora também terá que se responsabilizar pelo ressarcimento dos prejuízos ambientais, materiais e indenização da população atingida.
O governo mineiro determinou ontem a aplicação de uma multa de R$ 75 milhões à Rio Pomba, além da interdição definitiva das atividades da mineradora. Na prática, a empresa está impedida de funcionar no local, ainda que detenha os direitos minerários de exploração de bauxita. Equipes de diversos órgãos do governo do Estado permanecem no local para avaliar a extensão e intensidade da lama despejada no Rio Muriaé.
Carvalho confirmou que o último laudo técnico da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) apontou que a barragem de rejeitos da mineradora tinha segurança necessária para continuar operando.
- As prioridades revelaram-se insatisfatórias ou insuficientes, por isso vamos pedir uma avaliação independente do Ministério Público Estadual para verificar causas e determinar responsabilidades colaterais que possam ter existido -, disse.
Secretário confirma interdição de mineradora
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Sexta, 12 de Janeiro de 2007 às 14:19, por: CdB