Rio de Janeiro, 13 de Setembro de 2025

Se EUA mandassem armas, Iraque dispensaria tropas, diz Maliki

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Quinta, 18 de Janeiro de 2007 às 10:04, por: CdB

O Iraque precisaria de um número muito menor de tropas norte-americanas se os Estados Unidos fornecessem armas suficientes, disse o primeiro-ministro Nuri al-Maliki, em comentário publicado na edição desta quinta-feira do diário britânico Times. O líder iraquiano admitiu que foram cometidos erros no enforcamento do ex-presidente Saddam Hussein, mas negou que tenha se tratado de vingança. Na entrevista, Maliki foi questionado sobre quanto tempo o Iraque vai pedir para as tropas dos EUA ficarem no país.

- Se conseguirmos implementar o acordo entre nós para acelerar o equipamento e o fornecimento de armas para nossas forças militares, acho que dentro de três a seis meses nossa necessidade de tropas americanas vai diminuir de forma dramática - disse o primeiro-ministro, em Bagdá.

O presidente norte-americano, George W. Bush, anunciou na semana passada que mandará cerca de 21,5 mil soldados a mais para estabilizar Bagdá e a Província de Anbar. Isso elevará para mais de 150 mil o número de soldados norte-americanos no Iraque. Em uma outra entrevista, ao jornal italiano Corriere della Sera, Maliki criticou o comentário da secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, de que seu governo mantém-se vivo além do prazo.

- Gostaria de aconselhar Condoleezza Rice a evitar declarações que possam apenas ajudar aos terroristas - disse ele.

Maliki atacou também o presidente Bush por comentários de que o governo iraquiano prejudicou a execução de Saddam, pois fez com que parecesse uma vingança.

- Parece que Bush cedeu à pressão doméstica. Talvez tenha perdido o controle da situação - observou Maliki ao Corriere.

A execução não foi uma vingança, disse ele ao Times:

- Gostaria de corrigir o presidente Bush e dizer que Saddam não foi submetido a nenhuma ato de vingança, nenhum ataque físico e que foi um processo judicial que terminou com sua execução, de acordo com a lei iraquiana.

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