Rio de Janeiro, 18 de Setembro de 2025

Sargento atingido por bala de fuzil é o 100º PM morto no Rio

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Sábado, 26 de Agosto de 2017 às 14:04, por: CdB

Ao longo deste ano, o Rio de Janeiro teve um PM morto a cada dois dias.

 

Por Redação - do Rio de Janeiro

 

O sargento José Cavalcante e Sá tornou-se o centésimo policial militar morto este ano, em uma nova ação violenta no Estado. Ele foir baleado na cabeça com um tiro de fuzil, na manhã deste sábado. Cavalcante morava em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

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A Polícia Militar (PM) é alvo de represálias dos traficantes, nos morros do Rio

A Polícia Civil ainda investiga as circunstâncias em que o sargento foi atingido. As pistas, no entanto, são similares àquelas dos perfis dos policiais mortos. Estava fora de serviço, no fim de semana e na Baixada Fluminense. A região é a que tem o maior número de assassinatos semelhantes. O policial não estava uniformizado quando foi atingido. Ainda não ficou claro se Cavalcante estava de folga ou se deslocava do trabalho. O que motivou que levou ao assassinato também não foi esclarecido.

Terrorista

Ao longo deste ano, o Rio de Janeiro teve um PM morto a cada dois dias. O número inclui 21 mortos em serviço, 59 em folga e 20 inativos, todos vítimas de ações violentas. Nesse ritmo, caminha em direção à assombrosa marca de 200 casos em um ano –o maior número foi atingido em 1994, quando morreram 227 policiais.

Em carta aberta publicada nesta manhã, no site da corporação, o Comandante Geral da Polícia Militar (PM), Wolney Dias, disse que o sentimento é de tristeza pelas perdas e de revolta “pela omissão de grande parte da sociedade que se nega a discutir com profundidade um tema de tamanha relevância”. O comandante criticou a “mídia tradicional” por, segundo Dias, estar esperando ansiosamente pelo número 100 de policiais mortos e disse que as vítimas "não são apenas números".

Ainda segundo ele, um criminoso portando um fuzil de guerra e atacando um policial deve ser tratado como terrorista e a PM não pode ser responsabilizada pela crise econômica e pela falta de investimento em projetos sociais.

Segurança

“Cabe à Polícia Militar enfrentar os efeitos de todos esses indutores de violência. Somos a última barreira entre a ordem e o caos. Estamos fazendo o possível e o impossível para ampliar ao máximo o policiamento ostensivo. E pagando injustamente uma conta que não é apenas nossa. É de todos”, diz o a carta.

“A sociedade precisa fazer a sua parte. Precisa refletir com seriedade sobre as causas da violência e se mobilizar para construir um novo cenário. A mídia tem um papel fundamental como força aglutinadora”, acrescenta.

Devido à gravidade da crise de segurança pública no estado, as Forças Armadas têm atuado em algumas comunidades do Rio de Janeiro, desde 28 de julho, com previsão de permanência até o fim do ano que vem. Na semana passada especialistas em segurança pública e integrantes da sociedade civil organizada criaram uma comissão para monitorar os impactos das ações das forças federais no Estado.

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