São Paulo cria força-tarefa para vacinar 5 milhões contra hepatite B

A Secretaria da Saúde de São Paulo deve iniciar em janeiro uma "força-tarefa" em todo o estado para tentar vacinar 5,1 milhões de crianças e adolescentes contra hepatite B. O objetivo é que, até o fim das férias escolares, todas as crianças e adolescentes de até 19 anos que ainda não receberam a imunização compareçam a um posto de saúde. A estimativa da secretaria é de que 35% das pessoas nesta faixa etária precisam ser vacinadas.

Pelo terceiro ano consecutivo, a secretaria entrou em contato com as administrações municipais para que a vacinação seja reforçada nas férias. Foram enviadas mais doses da vacina para os postos, e a população será chamada por meio de comunicados enviados à imprensa. A intenção
é que pais e os jovens aproveitem o tempo livre para ir ao posto.

Entre os alvos da campanha, estão aqueles que não receberam a imunização completa. A vacina para Hepatite B é dada em três doses, com intervalo mínimo de um mês entre a primeira e a segunda e seis meses entre a segunda e a terceira. Quem perdeu o cartão de vacinação e não sabe se já tomou uma ou duas doses, pode ir ao posto e receber as três doses completas, sem qualquer risco à saúde.

A doença

A hepatite B é uma infecção no fígado causada por um vírus. A partir do momento que infecta, o vírus pode causar fadiga, bem como pode não apresentar sintoma algum e permanecer silenciosos por mais de 20 anos. Entre os casos de hepatite B, de 90 a 95% evoluem para a cura. Os doentes restantes tornam-se portadores crônicos e deles, 25% desenvolvem cirrose ou câncer de fígado.

A Hepatite B é transmitida através de relações sexuais, contato com sangue contaminado, compartilhamento de seringas, no caso dos usuários de drogas, e, raramente, pela saliva. Há também a chamada transmissão vertical, em que a mãe passa o vírus para o filho na hora do parto.