Rio de Janeiro, 12 de Setembro de 2025

Roubo de dados na internet aumenta em 250%

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Segunda, 15 de Janeiro de 2007 às 20:07, por: CdB

O alto padrão nos crimes de roubo de identidade continua crescendo, o que resulta também num aumento considerável desta prática criminosa pela internet. Entre janeiro de 2004 e maio de 2006, o número de programas mal-intencionados que visam a monitoração de atividades dos usuários, além de captura de senhas e outras informações, cresceu 250%. No mesmo período, os alertas de phishing (e-mails e sites fraudulentos que induzem as pessoas a divulgarem suas informações pessoais) aumentaram 100 vezes.

Os dados, contidos em um relatório sobre roubo de identidade divulgado pela McAfee, empresa da área de segurança em tecnologia, mostram como esse tipo de crime afeta as economias nacionais em todo o mundo. Segundo a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos, o custo anual apenas nos EUA, referente a pessoas jurídicas e físicas, chega a US$ 50 bilhões. No Reino Unido, a estimativa do Ministério do Interior é de um prejuízo de US$ 3,2 bilhões nos últimos três anos.

As táticas utilizadas por esse tipo de criminosos vão desde estratégias simples, como busca de dados em lixeiras, desvio de correspondências, caixas eletrônicos adulterados e ligações telefônicas falsas, até outras mais elaboradas, que envolvem a internet. Entre elas, estão o acesso não autorizado a bancos de dados, e-mails e websites fraudulentos, fraudes de pagamento de serviços e os famosos "cavalos de tróia", programas nocivos que se instalam no computador para roubo de senhas e dados, que podem até alterá-los.

O perfil dos criminosos geralmente está envolvido em três categorias: terrorismo, rede de crime organizado e criminosos menores. Segundo o relatório, enquanto os dois primeiros utilizam o roubo de identidades como fonte de dinheiro e via para outros crimes, os criminosos menores geralmente utilizam a técnica para conseguir dinheiro rápido e vantagens as quais não têm acesso.

Um dos motivos para o sucessos desses criminosos, tanto na web quanto fora dela, é a credulidade da população. Uma pesquisa feita em Londres sobre roubo de identidades pediu dados pessoais de 200 londrinos. Em troca de ingressos valorizados, 92% delas forneceram as informações solicitadas.

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