As apreensões foram feitas pelos policiais do Batalhão de Ações com Cães (BAC), que também recolheram 112 armas de diversos calibres, incluindo 33 fuzis
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:
A Polícia Militar do Rio de Janeiro apreendeu 11,8 toneladas de drogas até o dia 27. É a maior quantidade apreendida em menos de um ano em todo o Estado, sendo 2,6 toneladas a mais do que a encontrada no ano passado.
Os números foram divulgados pela assessoria de imprensa do Palácio Guanabara. As apreensões foram feitas pelos policiais do Batalhão de Ações com Cães (BAC); que também recolheram 112 armas de diversos calibres, incluindo 33 fuzis. Em todo o ano passado; foram contabilizadas 81 armas apreendidas, entre as quais, 17 fuzis.
Do total de drogas, 3,5 toneladas foram apreendidas em duas ações feitas a partir de julho, sendo 2,5 toneladas na Favela Nova Holanda, na Maré, Zona Norte da cidade; e uma tonelada no Pavão-Pavãozinho, em Ipanema, na Zona Sul. Já a maioria dos fuzis foi apreendida na Zona da Leopoldina; onde estão os Complexos do Alemão e da Penha; além de outras comunidades situadas em áreas de conflito na cidade.
Na avaliação do comandante Rubens Castro Peixoto Jr., o número recorde de apreensões é consequência do aperfeiçoamento das ações de inteligência; que agilizou o trabalho de mapeamento das áreas de atuação; e a ampliação das atividades de treinamento da tropa e preparação de cães.
– Particularmente, desde que assumi o batalhão, em julho, tenho me dedicado ao acompanhamento pessoal de todo o planejamento; e aplicação de recursos nas operações especiais com cães. A proposta é atuar com técnica e profissionalismo; marcas reconhecidas por todos os integrantes.
O BAC
O BAC conta hoje com 228 policiais e 79 cães das raças pastor alemão; pastor holandês, pastor belga de Malinois, rottweiler e labrador. Dez deles são ainda filhotes, em preparação para o policiamento.
– Os cães já ativos seguem os horários de atuação dos PMs: se trabalham um dia, descansam três. Se feridos em confrontos, são postos de licença para tratamento. Além disso, os cães são escalados em sistema de rodízio. A preparação dos animais é dividida em quatro fases: adestramento; treinamento físico, memorização e busca dos odores – diz nota da polícia.
Treinamento de cães
Preparados para atuar principalmente em áreas de conflitos; os cães utilizados pela PM não são treinados apenas para farejar armas, drogas e explosivos. Eles estão preparados para atuar na localização e resgate de pessoas perdidas, tomada de reféns, captura de bandidos escondidos, busca de soterrados, restos mortais e ossadas humanas e até em policiamento de jogos.
A nota da PM diz que o batalhãe nunca perdeu um cão em operação, embora alguns animais tenham saído feridos. “As ameaças chegam por radiotransmissores e os criminosos criaram uma nova tática para alvejar os cães: passaram a jogar cacos de vidro e pregos no chão. Os objetos cortam as patas dos animais, que ficam fora de ação entre 15 e 20 dias. Para protegê-los, a Polícia Militar comprou sapatos emborrachados. O treinamento com o equipamento de segurança começa no próximo mês."