As dezenas de famílias de trabalhadores rurais sem-terra que ocupam o então a fazenda denominada Rancho Sagitário são oriundas, na maioria, das periferias de Rio das Ostras e Macaé. Elas possuem vocação e histórico de produção rural
Por Redação, com Marcel Silvano/Jornal Prensa de Babel - de Rio das Ostras (RJ)
Ocupação em latifúndio improdutivo em Rio das Ostras segue para o quarto dia, nesta segunda-feira.
As famílias chegaram ao local no início de sábado. Em seguida, passaram a montar suas barracas e dividir as funções do acampamento.
Acampamento
As dezenas de famílias de trabalhadores rurais sem-terra que ocupam o então a fazenda denominada Rancho Sagitário são oriundas, na maioria, das periferias de Rio das Ostras e Macaé. Elas possuem vocação e histórico de produção rural.
Durante o dia, passaram por lá agentes da Polícia Militar, ex funcionários e uma pessoa identificada como “amigo do proprietário”; além da Polícia não caracterizada, conhecida como “P2”. As famílias apresentaram as reivindicações e mostraram o caráter pacífico da ocupação, que aguardam os procedimentos jurídicos cabíveis.
A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro também foi acionada por iniciativa dos sem-terra. O colegiado atua em situações de conflitos no setor agrário e acompanha, portanto, os casos de ocupações no Estado. Os ocupantes do terreno também contam com apoio de autoridades dos municípios de origem das famílias.
Tensão
Os integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Alerj eram aguardados para uma visita oficial. Outros movimentos sociais e lideranças políticas, sociais e religiosas da região acompanham os fatos.
A ocupação, à beira da estrada de Cantagalo, recebeu diversas manifestações espontâneas de apoio de quem passava pela estrada. Mas, também foram alvo de ameaças de ocupantes de outros veículos; de xingamentos e de gestos obscenos. As manifestações contrárias aumentaram a tensão do acampamento.