O Fórum Econômico Mundial iniciou, nesta quarta-feira, em Davos, a sua 36ª reunião anual, de olho na "mudanças na equação do poder". O assunto é amplo e inclui desde a determinação dos povos asiáticos na busca do poder econômico, até o papel da internet na gestão globalizada. Até domingo, cerca de 2,4 mil convidados, entre eles 800 presidentes de empresas e 24 chefes de governo ou de Estado, participarão de 223 sessões de debates sobre economia, geopolítica, negócios, e tecnologia. Algumas das estrelas do encontro serão políticos como Ângela Merkel, primeira-ministra da Alemanha, e Tony Blair, primeiro-ministro da Grã-Bretanha, além de tradicionais participantes do mundo empresarial, como Bill Gates, da Microsoft, Michael Dell, da Dell Computers e Sergey Brin, do Google.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizará sua terceira aparição no Fórum, nesta sexta-feira, quando será sabatinado pelo fundador e chairman da organização, Klaus Schwab, no auditório principal do centro de convenções, onde grande parte das sessões é realizada. Lula também participará na sexta-feira da sessão "A América Latina amplia seus horizontes", que examinará quais as prioridades e para reformas dos países depois das recentes eleições na região.
Outro momento importante para o Brasil em Davos será o encontro ministerial dos principais países da Organização Mundial do Comércio (OMC), planejada para este sábado. Na reunião voltará à mesa de debates a tentativa de destravar as negociações da Rodada Doha de liberalização comercial. Os protagonistas da rodada estarão presentes, como o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, o comissário para comércio da União Européia, Peter Mandelson, a representante comercial dos Estados Unidos, Susan Schwab, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim. De 25 a 30 países devem participar do encontro.