O reajuste nos preços da passagens dos ônibus urbanos, nas principais regiões metropolitanas do país, ocorrido no final de 2006, continuou a gerar impacto sobre o comportamento dos indicadores de inflação do país, no início deste ano. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve uma alta de 0,52% em janeiro, uma aceleração frente ao ganho de 0,35% de dezembro provocada basicamente pelos preços do grupo de Transportes.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela apuração do índice, os preços do segmento de Transportes registraram ganho de 1,03% em janeiro, ante alta de 0,46% no final do ano passado. "Responsáveis por 0,12 ponto percentual do índice, os ônibus urbanos ficaram com a maior contribuição no mês", afirmou o IBGE em comunicado divulgado nesta quarta-feira.
Apesar da aceleração, a alta do IPCA-15 na abertura do ano era amplamente esperada por analistas e economistas que acompanham a inflação no país. A variação registrada ficou em linha com a mediana das projeções feitas por 26 economistas consultados pela agência inglesa de notícias Reuters.
O IPCA-15 é tido como uma prévia do IPCA, o índice que serve de referência para a meta de inflação do governo. A metodologia de cálculo é a mesma, apurando a variação de preços para famílias com renda de até 40 salários mínimos em 11 regiões metropolitanas do país. A diferença está no período de coleta, já que o IPCA mede o mês calendário.