Médicos que foram secretários municipais de Saúde e que exerceram a função de presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems-SP), por sua vez, encaminharam ao Conselho Federal de Medicina (CFM) uma solicitação para abertura de processo ético-profissional contra o ministro da Saúde Marcelo Queiroga.
Por Redação - de Brasília
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) usou o Twitter nesta quinta-feira (6) para pedir a prisão do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e outros "irresponsáveis" envolvidos no recrudescimento da pandemia no país e no "apagão" de dados do Ministério da Saúde.
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga tornou-se um 'capacho de Bolsonaro', segundo seus críticos
"Os casos de Covid estão aumentando, surgem variantes, o Ministério da Saúde tem apagões de dados e é tocado por um bajulador negacionista enquanto hospitais voltaram a encher. Cadeia para esses irresponsáveis', escreveu o senador alagoano.
Médicos que foram secretários municipais de Saúde e que exerceram a função de presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems-SP), por sua vez, encaminharam ao Conselho Federal de Medicina (CFM) uma solicitação para abertura de processo ético-profissional contra o ministro da Saúde Marcelo Queiroga. A alegação é que o titular da pasta teria cometido infrações éticas graves no exercício da medicina.
Especialistas
A representação, assinada em 30 de dezembro, destaca que, embora a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tivesse aprovado o uso da vacina Pfizer/BioNTech em crianças de 5 a 11 anos em 16 de dezembro, o ministro da Saúde não tomou as medidas cabíveis para a execução da imunização, com a justificativa de ouvir a opinião de especialistas, alegando “razões totalmente inconsistentes”, de acordo com o texto.
“A vacinação desta parcela significativa da população viria em hora apropriada, face ao risco que neste momento representa a emergência da variante ômicron, e também em função do retorno das aulas”, afirma o documento.
Os médicos lembram que a justificativa inicial para não implementar a vacinação, relacionada à segurança da vacina, é uma “inverdade que contraria absolutamente ao que se observou em milhões de doses desta vacina já aplicadas nessa faixa etária em outros países, inclusive nos EUA e países da Europa”.
Para o Cosems-SP, Queiroga é “incoerente com sua obrigação ética como médico de utilizar o melhor do conhecimento e da ciência”.