Pesquisas mostram que Putin, de 65 anos, que domina o cenário político russo há 17 anos, está a caminho de uma reeleição tranquila em março de 2018
Por Redação, com Reuters - de Moscou:
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira que as autoridades deveriam monitorar as atividades de “algumas empresas” nas redes sociais durante a eleição presidencial do ano que vem e medir o alcance de seu envolvimento com políticas domésticas.
Ele não identificou as empresas ou disse se está preocupado com as atividades de companhias estrangeiras ou locais, mas a Rússia foi acusada pelos Estados Unidos e por outras nações ocidentais de interferir em suas eleições.
– Precisamos observar cuidadosamente certas empresas na internet, em redes sociais; e o quão amplamente elas estão envolvidas em nossa vida política doméstica – disse Putin ao discursar em um encontro com líderes do Parlamento russo a respeito de uma nova lei sobre “agentes estrangeiros”.
Putin assinou a lei no mês passado, permitindo que as autoridades identifiquem organizações de mídia do exterior; como “agentes estrangeiros” em reação ao que Moscou disse ser uma pressão inaceitável dos Estados Unidos sobre a mídia russa. Uma vez assim designadas, tais empresas têm que fornecer às autoridades detalhes; por exemplo, sobre as fontes de seu financiamento.
– Deveria se analisar cuidadosamente como elas estão operando e operarão durante a eleição presidencial – disse. Mas acrescentando que isso não deveria “estreitar o espaço” para a liberdade na Internet.
A Rússia já designou a Rádio Europa Livre/Rádio Liberdade (RFE/RL, nas siglas em inglês) e a Voz da América (VOA); ambas organizações sediadas nos EUA, como “agentes estrangeiros”.
Pesquisas
Pesquisas mostram que Putin, de 65 anos, que domina o cenário político russo há 17 anos, está a caminho de uma reeleição tranquila em março de 2018; o que o habilitará a cumprir mais um mandato de seis anos até 2024, quando completa 72 anos.
Também nesta terça-feira, o líder opositor Alexei Navalny foi proibido de se candidatar à eleição do ano que vem; já que autoridades determinaram que ele é inelegível devido a uma pena de prisão suspensa que ele diz ter sido fabricada.