Rio de Janeiro, 12 de Setembro de 2025

Publicitário de Sérgio Cabral entrega Paulo Skaf em esquema fraudulento

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Quinta, 09 de Novembro de 2017 às 13:37, por: CdB

Pereira, que atendia o governo de Sergio Cabral, disse que Skaf fraudou a licitação da publicidade do Sesi e do Senai. A mesma em que o industrial aparece como ‘garoto propaganda’.

 
Por Redação - de São Paulo

 

Autor de uma delação premiada, para reduzir seu período na cadeia, o publicitário Renato Pereira, dono da Agência Prole, criadora da polêmica campanha dos patos amarelos, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), apontou o empresário e político Paulo Skaf (PMDB) como corrupto.

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Paulo Skaf foi 'garoto propaganda' em campanha publicitária fraudulenta, acusa Renato Pereira

Pereira, que atendia o governo de Sergio Cabral, disse que Skaf fraudou a licitação da publicidade do Sesi e do Senai. A mesma em que o industrial aparece como ‘garoto propaganda’. A agência teria sido contratada, segundo o publicitário, para usar os recursos em proveito pessoal. Para subsidiar até a contratação de pesquisas sobre seus adversários; na disputa para o governo de São Paulo, em 2014. A Fiesp não divulgou os valores pagos à Prole.

O delator confessou à Polícia federal que recebeu cerca de R$ 15 milhões por meio de um contato, em fevereiro de 2015. No depoimento, Pereira relata que marcou um almoço de Skaf com o então prefeito Eduardo Paes (PDMB), no Rio. Na primeira oportunidade em que ficaram a sós, na sala de espera do Palácio da Cidade, o publicitário disse que entregou ao presidente da Fiesp uma dica para identificar a proposta da Prole na disputa.

Dinheiro solto

Segundo afirmou, em depoimento posteriormente vazado à mídia conservadora, a Prole cuidava da publicidade dos órgão do Sistema S. Nas reuniões, porém, discutiam “cenários políticos nacional e estadual; visando promover a figura de Skaf para futura candidatura ao governo, em 2018”, diz.

O publicitário relatou, ainda, a encomenda de pesquisas de avaliação de Skaf e de políticos concorrentes dele. Figuravam, na época, José Serra (PSDB), Marta Suplicy (PMDB), Geraldo Alckmin (PSDB) e Márcio França (PSB).

Em nota, distribuída nesta quinta-feira, Skaf admitiu encontros com Pereira antes das eleições de 2014. Negou, porém ter direcionado a licitação para a Prole. A Fiesp defende a presença do seu presidente em peças publicitárias; por conferir “mais credibilidade à comunicação do que a contratação de atores”. E diz que a contratação de pesquisas com “avaliação de cenários eleitorais”, por entender ser “de interesse dos sindicatos filiados e das categorias econômicas” por ela representados”.

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