Grupos pacifistas planejaram para esta quinta-feira a realização de uma passeata no centro de detenção americano da Baía de Guantánamo para exigir seu fechamento.
Familiares de cerca de 400 prisioneiros mantidos no local vão participar da marcha, que marca o quinto aniversário das primeiras detenções como parte da chamada "guerra ao terrorismo" liderada pelos Estados Unidos e iniciada após os atentados de 11 de setembro de 2001.
Protestos contra a prisão estão sendo realizado ao longo do dia em várias cidades do mundo, incluindo Roma, Londres, Tóquio e Nova York. O centro de detenção foi criado depois da invasão no Afeganistão, para interrogar "combatentes inimigos".
O tratamento dos prisioneiros e a incerteza jurídica a respeito de seu destino provocaram ampla condenação internacional. O grupo de manifestantes desta quinta-feira inclui um ex-detento, britânico, Asif Iqbal, a mãe e o irmão de um outro detido, Omar Deghayes, e a conhecida pacifista americana Cindy Sheehan.
A mãe de Deghayes, Zohra Zewawi, afirmou que a dor que sente estando tão perto de seu filho sem chances de entrar em contato com ele, é torturante.
Cerca de 75 prisioneiros devem enfrentar tribunais militares nos próximos meses. Os outros enfrentam detenção por tempo indeterminado sem julgamento na prisão - que está fora da jurisdição do sistema judiciário americano.
Os Estados Unidos mantêm cerca de 430 presos em Guantánamo suspeitos de pertencer à rede Al-Qaeda ou a milícia do Talebã. A maioria não recebeu acusações formais. O governo de George W. Bush afirma que Guantánamo é uma ferramenta vital na "guerra ao terrorismo".
Protestos marcam cinco anos de Guantánamo
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Quinta, 11 de Janeiro de 2007 às 17:21, por: CdB