A produção industrial brasileira cresceu 0,8% em novembro, na comparação com outubro, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira. Com a revisão do resultado do mês de outubro, que elevou de 0,8% para 1% a expansão industrial naquele mês, o crescimento entre setembro e novembro de 2006 ficou em 1,8%. A revisão do resultado é uma prática nas estatísticas de produção industrial.
Dos 23 ramos pesquisados 14 tiveram crescimento. O principal destaque foi no setor de refino de petróleo e produção de álcool (4,6%). Ainda na comparação com outubro, bens de capital (2,2%) e bens intermediários (1,6%) foram as maiores influências. Em relação a novembro de 2005, 21 dos 27 ramos pesquisados tiveram aumento na produção.
Os destaques foram máquinas para escritório e equipamento de informática (54,5%), máquinas e equipamentos (9,6%) e indústria extrativa (8,8%). Nesta comparação todas as categorias de uso tiveram taxas positivos, com destaque para bens de consumo duráveis (como automóveis), com 10,4%, e bens de capital (máquinas para indústrias), com 7,9%.
Na indústria, o melhor desempenho em novembro foi influenciado positivamente pelo comportamento do segmento de refino de petróleo e produção de álcool, que voltou a crescer depois de quatro quedas mensais consecutivas.
Silvio Campos Neto, economista-chefe do Banco Schahin, disse a jornalista que ficou satisfeito com o desempenho do setor de bens de capital.
- Sinaliza uma expansão mais consistente, é um grupo muito volátil e o importante é que subiu e é um bom ponto para investimentos - afirmou.
De janeiro a novembro de 2006, a produção industrial brasileira acumula um ganho de 3,15%, acima do avanço acumulado até outubro, que estava em 2,9%, segundo informou o IBGE.