Rio de Janeiro, 17 de Setembro de 2025

Procuradores investigam massacre de índios no Amazonas

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Sábado, 09 de Setembro de 2017 às 13:04, por: CdB

De acordo com as investigações em andamento, os assassinos ainda teriam cortado os corpos dos índios mortos ao meio e jogado no rio.

 

Por Redação, com Carta Capital - de Manaus

 

Indígenas de um grupo isolado na Terra Indígena do Vale do Javari, incluindo mulheres e crianças, podem ter sido assassinados e esquartejados. Garimpeiros ilegais que costumam navegar pelo rio Jandiatuba, localizado dentro da terra indígena, estão entre os suspeitos das atrocidades, conforme investiga o Ministério Público Federal (MPF) do Estado do Amazonas.

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Ainda existem áreas intocadas por homens brancos, no interior da Floresta Amazônica, hoje alvo de uma intensa devastação Foto aérea de uma aldeia queimada, feita em dezembro de 2016 pela Funai. No sobrevoo, puderam ver o indicativo de um massacre dos indígenas Warikama Djapar

O fato foi denunciado na edição deste fim de semana da revista Carta Capital. Segundo a reportagem o crime, que seria mais um episódio do genocídio ao qual os povos indígenas são submetidos no Brasil, ”ocorreu há cerca de um mês”. Não se sabe qual a etnia dos indígenas mortos, mas fontes ouvidas pela revista afirmam que podem ser os "flecheiros", dada as descrições e a localização.

Corpos mutilados

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Os relatos desse massacre começaram a chegar no município amazonense de São Paulo de Olivença. A região fica na tríplice fronteira com o Peru e a Colômbia. Os fatos teriam ocorrido, "em agosto", acrescenta. Na época, os supostos assassinos passaram a exibir troféus recolhidos de suas vítimas, "como flechas e um remo", revela.

De acordo com as investigações em andamento, os assassinos ainda teriam cortado os corpos dos indígenas mortos ao meio e jogado no rio. Seria uma espécie de 'desova'; para que afundassem, acelerando a decomposição, "de forma dificultar as investigações”, diz a revista.

Ainda segundo a revista, o MPF está investigando o caso. Tem realizando, ainda, diligências para ouvir as testemunhas e tentar prender acusados. O procurador do MPF Pablo Luz de Bertand confirmou à revista a denúncia do massacre no rio Jandiatuba. Bertand apontou, ainda, a existência de uma investigação em curso; mas preferiu não entrar em detalhes quanto às diligências e oitivas em curso.

 

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