Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Procuradores dos Estados Unidos obtêm indiciamento contra Assange

Arquivado em:
Sexta, 16 de Novembro de 2018 às 10:53, por: CdB

O documento, que procuradores disseram ter sido registrado por engano, pede a um juiz que torne sigilosos documentos de um caso criminal sem relação com Assange e tem marcas que indicam que foi registrado originalmente em uma corte de Alexandria, na Virgínia, em agosto.

Por Redação, com Reuters - de Washington 

Procuradores dos Estados Unidos obtiveram um indiciamento sigiloso contra o fundador do Wikileaks, Julian Assange, cujo site publicou milhares de documentos confidenciais do governo norte-americano, mostrou um documento de um tribunal federal na quinta-feira.
assage.jpg
Fundador do WikiLeaks, Julian Assange, na embaixada do Equador em Londres, onde está abrigado
O documento, que procuradores disseram ter sido registrado por engano, pede a um juiz que torne sigilosos documentos de um caso criminal sem relação com Assange e tem marcas que indicam que foi registrado originalmente em uma corte de Alexandria, na Virgínia, em agosto. Uma fonte a par do assunto disse que o documento obteve sigilo inicialmente, mas foi aberto nesta semana por motivos que ainda não estão claros no momento. No Twitter, o Wikileaks disse que “aparentemente foi um erro de copiar e colar”. Autoridades dos EUA não quiseram comentar a exposição do documento sobre um indiciamento sigiloso de Assange, que enfrenta acusações desconhecidas.

O documento

O documento é parte de um caso criminal sem relação envolvendo um homem de 29 anos acusado de seduzir uma menina de 15 anos. O juiz do caso em questão escreveu em um memorando de detenção que o acusado, Seitu Sulayman Kokayi, “mostrou um interesse substancial em atos terroristas”. À agência inglesa de notícias Reuters não conseguiu descobrir detalhes de contato de Kokayi de imediato. Mas Joshua Stueve, porta-voz da procuradoria que registrou o documento, disse à Reuters: “O registro no tribunal foi um engano. Aquele não era o nome pretendido para este registro”. A Reuters não conseguiu contatar Assange ou seus advogados de imediato para obter comentários. Os procuradores pretendiam manter as acusações confidenciais até depois da prisão de Assange, mostra o documento, dizendo que a medida era essencial para impedir que ele fugisse ou evitasse uma prisão ou extradição decorrente do caso. Qualquer procedimento “que não seja torná-lo sigiloso não protegerá adequadamente as necessidades da aplicação da lei neste momento porque, devido à sofisticação do acusado e da publicidade que cerca o caso, é improvável que algum outro procedimento mantenha confidencial o fato de que Assange foi acusado”, disse o documento. Autoridades dos EUA já haviam admitido que procuradores federais de Alexandria vêm conduzindo uma investigação criminal prolongada sobre o Wikileaks e seu fundador.
Edições digital e impressa
 
 

 

 

Jornal Correio do Brasil - 2025

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo