Rio de Janeiro, 13 de Setembro de 2025

Presidente uruguaio critica défcite comercial no Mercosul

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Sexta, 19 de Janeiro de 2007 às 16:48, por: CdB

O presidente do Uruguai, Tabaré Vazquez, criticou nesta sexta-feira, último dia da 32ª Cúpula do Mercosul, o que chama de desigualdades nas negociações comerciais entre alguns países do Mercosul. Disse ainda que, ao contrário do que disseram outras autoridades para se referir às assimetrias, o Uruguai não quer solidariedade e generosidade, mas justiça.

- Os países de economias pequenas, assim como os povos de nossas terras, não são objeto de beneficência nem dádiva, mas sujeitos de direito. A esse direito apelamos -, disse Vazquez.

O presidente disse que o Uruguai enfrenta um intercâmbio "absolutamente" deficitário, citando como exemplo a balança comercial com o Brasil no setor de autopeças.

- Ano passado, o Brasil nos comprou peças automotivas por US$ 5 milhões e o Uruguai comprou por US$ 150 milhões -, criticou.

Vazquez afirmou confiar que o novo presidente temporário do Mercosul, o paraguaio Nicanor Duarte, poderá cumprir os "múltiplos compromissos e promessas" no âmbito do Mercosul ao longo dos anos", em seus seis meses de mandato. Duarte substituiu hoje Luiz Inácio Lula da Silva na presidência do bloco e destacou que é necessário acabar com as desigualdades.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, concordou com as críticas do presidente uruguaio. Mas ponderou que Lula tem procurado caminhos para ampliar o investimento e desenvolvimento no Uruguai e no Paraguai, os dois países com economias menores do Mercosul.

- O Uruguai passou por algumas crises muito violentas. Teve perda grande do seu Produto Interno Bruto (PIB), grande desemprego e ficou muito influenciado pela crise argentina. Além de ser um exportador de cérebros. Há muitas pessoas que são bem educadas no Uruguai e vão procurar emprego na Argentina ou no Brasil. O Uruguai precisa ter investimentos -, disse Furlan.

Uruguai e Paraguai vêm demonstrando insatisfação com os resultados do bloco e querem concessões que compensem a impossibilidade de fechar acordos comerciais com países de fora do bloco, como os Estados Unidos.

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