Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Presidente do Chile propõe adiamento de eleições

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Segunda, 29 de Março de 2021 às 08:39, por: CdB

O presidente chileno, Sebastián Piñera, anunciou no domingo o adiamento para maio das eleições previstas para 10 e 11 de abril, devido ao aumento de casos de covid-19, uma decisão que ainda tem de ser ratificada pelo Parlamento.

Por Redação, com ABr - de Santiago O presidente chileno, Sebastián Piñera, anunciou no domingo o adiamento para maio das eleições previstas para 10 e 11 de abril, devido ao aumento de casos de covid-19, uma decisão que ainda tem de ser ratificada pelo Parlamento.
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Presidente chileno, Sebastián Piñera
– Nesta segunda-feira enviamos ao Congresso um projeto de reforma constitucional para adiar, por cinco semanas, as eleições constituintes para designar os membros da Assembleia que deverão redigir a futura Constituição do país, presidentes de câmaras municipais, senadores e governadores. Se esse projeto for aprovado, as eleições previstas para os dias 10 e 11 de abril serão realizadas em 15 e 16 de maio – disse o presidente Sebastián Piñera no Palácio La Moneda, sede do governo chileno. – O segundo turno da eleição de governadores, prevista para 9 de maio, será em 4 de julho – acrescentou. O presidente chileno explicou que há duas razões para o adiamento: proteger a saúde dos chilenos, num período em que se registram recordes diários de contágios por covid-19, e "a saúde da democracia", para que o processo eleitoral tenha participação e segurança. Segundo a consultora Cadem, 73% dos chilenos concordam em adiar as eleições. A intenção de votar em 10 e 11 de abril é de 52%, menos 17 pontos do que o registado na consulta popular de outubro passado, quando os chilenos deram luz verde à reforma da Constituição de 1980, herdada do antigo ditador Augusto Pinochet. Aos 14,7 milhões de eleitores foi pedido que respondessem a duas perguntas: "Querem uma nova Constituição?" e "Que órgão deve redigir a nova Constituição?", tendo a esmagadora maioria (79%) optado por uma Assembleia Constituinte composta apenas por cidadãos, contra 21% para uma assembleia composta por cidadãos e parlamentares. Sobre a "saúde da democracia", o presidente chileno considerou que "a situação atual da pandemia e o risco de contágio inibem muitos de votar, diminuindo a participação e a legitimidade do processo eleitoral". No Chile, o voto não é obrigatório. Para aumentar a participação e evitar aglomerações, o país já tinha decidido ampliar para dois dias as eleições, originalmente previstas para 11 de abril (um domingo).

Pandemia

O Chile atravessa o pior momento da pandemia até aqui. Nas últimas 24 horas, foram diagnosticadas 7.326 novas infeções, elevando para 41.767 o total de casos ativos. O sistema de saúde do país, com 19 milhões de habitantes, está à beira do colapso, com 95% dos leitos de unidades de terapia intensiva ocupados. Desde o início da pandemia, o Chile acumulou 977.243 contágios e 22.754 mortes provocadas pela doença. Só nas últimas 24 horas, morreram 101 pessoas. Apesar dos recordes diários de contágios, o Chile é atualmente um dos países com campanhas de vacinação mais bem sucedidas. O país já vacinou 6,3 milhões de pessoas, equivalentes a 33,4% da sua população, sendo o terceiro país que mais vacinou no mundo, atrás apenas de Israel e dos Emirados Árabes Unidos.
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