A caderneta de poupança fecha 2006 como o maior atrativo financeiro para os pequenos investidores, com a maior rentabilidade real desde 1999, ano em que foi realizada a mudança cambial. Segundo a consultoria Economática, em estudo divulgado nesta quarta-feira, a rentabilidade da poupança deve ficar em torno de 5,6% neste ano, descontando a inflação. Com a inflação, o ganho chega a 8,40% no ano. O cálculo considera o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado até 30 de novembro e a rentabilidade da poupança até dezembro.
- Isso significa que a pessoa que comprava uma cesta básica de R$ 100 no início do ano e resolveu deixar esse dinheiro na poupança, hoje compra a cesta e ainda fica com mais R$ 5 no bolso - disse a jornalistas Einar Rivero, gerente de relacionamento institucional da Economática.
O IPCA, índice utilizado pelo governo para o cálculo da inflação oficial, acumulou de janeiro a novembro deste ano taxa de 2,65%, bem abaixo dos 5,31% registrados no mesmo período do ano passado. Segundo Rivero, a inflação de dezembro deverá confirmar a tendência de baixa, o que não causará impacto na rentabilidade real. Ele ressalta, porém, que apesar do desempenho positivo da poupança, esta ainda não é a melhor aplicação, pois perde para diversos outros segmentos, como o CDI, ações, ouro.
Segundo dados da Economática, o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), referencial dos fundos DI, registra no ano rentabilidade real de 11,98%. No caso do Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa), o ganho real chega a 29,66%. O ouro também apresentou oscilação positiva de 9,79%.